Investing.com - Após encerrar a sessão de ontem com queda de cerca de 1%, o índice futuro do Ibovespa abriu a quarta-feira com valorização de 1,15% aos 90.145 pontos, seguindo a tendência das bolsas internacionais. Pautam os negócios a formação da equipe de governo de Jair Bolsonaro, os balanços trimestrais e também o resultado do IPCA. Da cena externa, o destaque fica para a eleição parlamentar nos Estados Unidos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro foi de 0,45%, a maior taxa para o mês desde 2015 (0,82%) e 0,03 ponto percentual (p.p.) acima do índice de setembro (0,48%). O acumulado no ano (3,81%) ficou acima do registrado em igual período do ano passado (2,21%). O acumulado nos últimos 12 meses subiu para 4,56%, enquanto havia registrado 4,53% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2017, a taxa atingiu 0,42%.
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,26 por cento em outubro, ante elevação de 1,79 por cento no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quarta-feira.
Nos Estados Unidos, os Democratas aproveitaram uma onda de insatisfação com o presidente republicano Donald Trump, para conquistar o controle da Câmara dos Deputados, obtendo a oportunidade de bloquear a agenda de Trump e de colocar o governo norte-americano sob intensa fiscalização.
Na agenda, o destaque do dia fica para a divulgação dos estoques americanos de petróleo, com os americanos na expectativa da reunião do Fomc, que anuncia amanhã a taxa de juros da economia americana, com expectativa quase unânime de que seja mantida em 2,25%.
Bolsas Internacionais
Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,10 por cento, a 22.086 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,10 por cento, a 26.147 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,68 por cento, a 2.641 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,65 por cento, a 3.221 pontos.
Na Europa, com os mercados em operação, a quarta-feira aparenta ser um dia de ganhos. Em Frankfurt, o DAX tem alta de 1,21% aos 11.623,53 pontos, enquanto que em Londres o FTSE avança 1,34% aos 7.134,68 pontos. Já em Paris, o CAC tem sobe de 1,44% aos 5.148,34 pontos.
Commodities
A sessão desta quarta-feira foi marcada por desvalorização nos contratos futuros do minério de ferro na bolsa de mercadorias de Dalian, na China. O ativo de maior liquidez, com data de entrega no mês de janeiro do ano que vem, registrou perdas de 0,58%, variação diária de 3 iuanes, fechando assim o dia negociado a 511,00 iuanes por tonelada.
O mesmo movimento negativo foi registrado nos preços do vergalhão de aço, que são transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato para o próximo mês de janeiro perdeu 67 iuanes para um total de 3.930 iuanes por tonelada. Já o ativo de maio de 2019, a queda foi de 98 iuanes para 3.559 iuanes por tonelada.
A quarta-feira é de valorização para os preços do petróleo nos mercados internacionais. O barril do tipo WTI, negociado em Nova York, avança 0,82%, ou US$ 0,51, a US$ 62,72, enquanto o Brent, de Londres, soma 1,36% a US$ 73,11.
Mercado Corporativo
A operadora de telecomunicações TIM Participações (SA:TIMP3) anunciou nesta terça-feira que teve lucro líquido de 1,338 bilhão de reais no terceiro trimestre, montante 379,3 por cento superior ao do mesmo período do ano passado, refletindo um crédito fiscal de 950 milhões de reais.
Sem esse evento extraordinário, que envolveu um crédito fiscal relativo à incorporação da TIM Celular, o lucro no período somou 388 milhões de reais, alta de 38,9 por cento na comparativo anual.
Embora a base de clientes móveis da companhia tenha caído 5,3 por cento em 12 meses, a de pós-pagos, mais rentável, subiu 17,1 por cento, enquanto a de pré-pagos caiu 14,1 por cento.
De julho a setembro, a receita líquida da TIM avançou 4,4 por cento ano a ano, para 4,26 bilhões de reais. Um destaque foi o aumento de 10,2 por cento da receita média mensal por usuário, com a migração para planos de maior valor.
O Conselho de Administração da Eletropaulo (SA:ELPL3) ELPL3.SA aprovou o nome do engenheiro Max Xavier Lins para assumir o cargo de diretor presidente da companhia em substituição a Charles Lenzi, segundo ata de reunião do colegiado realizada na semana passada e divulgada nesta terça-feira pela empresa.
Os conselheiros também aprovaram a engenheira e economista Monica Hodor para o cargo de diretora vide-presidente e de Relações com Investidores da companhia. Ela assume no lugar de Marcelo de Jesus.
As mudanças acontecem após a aquisição do controle da Eletropaulo em junho pela elétrica italiana Enel (MI:ENEI). Ainda segundo a ata, Marcelo de Jesus assumirá novo cargo como CFO da Enel Chile.
A Comgás (SA:CGAS5) reviu algumas de suas projeções para 2018, aumentando a estimativa de investimento no ano para entre 470 milhões e 530 milhões de reais, contra entre 450 milhões e 500 milhões de reais na previsão anterior, segundo fato relevante nesta terça-feira.
A companhia, controlada pela Cosan (SA:CSAN3), ainda revisou a projeção para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) normalizado em 2018 para entre 1,9 bilhão e 1,95 bilhão de reais, ante de 1,77 bilhão a 1,87 bilhão anteriormente.
A Cemig (SA:CMIG4) informou que sua subsidiária Cemig Geração e Transmissão realizou a recompra de 24.565 debêntures de sua 5ª emissão, no valor de 132 milhões de reais, de acordo com fato relevante nesta terça-feira.
A Cemig disse que a recompra das debêntures pela Cemig GT demonstra o compromisso da companhia em “reduzir seu endividamento, melhorar sua rentabilidade e aprimorar sua qualidade de crédito”, ainda segundo o comunicado.
A Petrobras (SA:PETR4) não conseguirá atingir sua meta de desinvestimentos de 21 bilhões de dólares para o biênio 2017 e 2018, devido a impasses judiciais para vender importantes ativos, como a unidade de gasodutos no Nordeste (TAG) e fatias em refinarias, disse nesta terça-feira o presidente-executivo da estatal, Ivan Monteiro.
Até o momento, a Petrobras informou a assinatura de 7,5 bilhões de dólares de contratos para parcerias e vendas de ativos em 2017 e 2018, volume que poderá aumentar ainda dependendo do fechamento de novos contratos até o fim do ano.
Do montante de desinvestimentos assinados, a maior parte deve entrar no caixa da empresa neste ano.
Apesar de a empresa não atingir a meta de desinvestimentos, Monteiro reiterou que a petroleira irá atingir o indicador de alavancagem de 2,5 vezes (dívida líquida sobre Ebitda) no fim do ano, conforme previsto anteriormente, destacando bons resultados de política de preços de combustíveis e a recuperação dos preços do petróleo, entre outros fatores.
A BB Seguridade (SA:BBSE3) anunciou ter obtido nesta terça-feira a aprovação da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para a venda de sua fatia numa joint venture para a Mapfre, que inclui seguros automotivo e de grandes riscos.
Esta é a última das aprovações regulatórias necessárias para concluir o negócio anunciado em junho, por 2,4 bilhões de reais. A transação já tinha sido aprovado pelo Banco Central.
O acordo permitirá à BB Seguridade, braço de seguros e previdência do Banco do Brasil (SA:BBAS3), reduzir o consumo de capital em 2,1 bilhão de reais, valor que poderá ser distribuído aos acionistas. O fechamento da operação ocorrerá em 30 de novembro.
A BB Seguridade anunciou na véspera que teve lucro ajustado de 891,6 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 12,7 por cento ante mesma etapa de 2017.
A administradora de shopping centers Iguatemi (SA:IGTA3) teve lucro líquido de 65,6 milhões de reais no terceiro trimestre, superando em 23,6 por cento o resultado apurado um ano antes, apoiada no avanço das receitas em meio à redução dos descontos sobre aluguel cobrado de lojistas e ao fortalecimento das vendas nos empreendimentos, além de menos despesas.
“O cenário (econômico) já está melhorando e o terceiro trimestre mostrou bastante isso”, disse à Reuters a diretora financeira do grupo, Cristina Betts, acrescentando que os esforços dos últimos anos para aprimorar o mix de lojas dos empreendimentos já repercutem nos resultados.
Entre julho e setembro, as vendas cresceram 4,8 por cento no conceito mesmas áreas, e 2,9 por cento em mesmas lojas sobre um ano antes. Já os aluguéis tiveram altas de 5,3 e 1,8 por cento, respectivamente, com a redução dos descontos aos lojistas.
Com isso, a receita líquida aumentou 4,6 por cento ante o terceiro trimestre do ano passado, para 177,6 milhões de reais. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 5,5 por cento, para 141,2 milhões de reais, com margem de 79,5 por cento.
Agenda de Autoridades
O presidente Michel Temer tem como primeiro compromisso público desta quarta-feira a participação na solenidade de posse do Dr. Gabriel Faria de Oliveira, no cargo de Defensor Público-Geral Federal, para o biênio 2018/2020. Na parte da tarde, se encontra com o presidente eleito, Jair Bolsonaro e, em seguida, com o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Já o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, embarca hoje para uma viagem oficial para Londres.