Por Stephen Nellis
SÃO FRANCISCO, Estados Unidos (Reuters) - A Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) anunciou nesta segunda-feira que permitirá que usuários gravem documentos de identidade digitais nos iPhones e que incluiu proteções à privacidade no serviço iCloud e em apps de email, entre atualizações feitas no software dos aparelhos.
A empresa também exibiu atualizações ao aplicativo FaceTime que incluem a de poder marcar chamadas com vários participantes e tornaram o app compatível com dispositivos Android e Windows.
Os anúncios ocorreram em evento anual com desenvolvedores.
A Apple afirmou que os usuários poderão escanear documentos de identidade de Estados norte-americanos e que os dados serão codificados na carteira digital, onde a empresa oferece recursos para armazenar cartões de crédito e de transporte. A companhia informou que está trabalhando com órgãos do governo dos EUA para que os documentos digitais sejam aceitos em aeroportos.
A Apple também anunciou mudança no nome do serviço pago de armazenagem de dados, para iCloud+, e informou que adicionou recursos de privacidade. Um deles, chamado de "private relay", esconde a identidade do usuário e o comportamento de navegação tanto da própria Apple quanto de anunciantes. Outro recurso permite que os usuários escondam seus endereços de email quando preenchem formulários online. A empresa afirmou que o preço do iCloud não vai mudar com a inclusão dos novos recursos.
A empresa também anunciou que atualizou seus aplicativos de email para bloquearem remetentes que usam sistemas que detectam quando um email é aberto. A companhia também informou que o assistente de voz Siri não vai mais precisar se conectar a servidores da Apple para responder algumas demandas.
Vários dos recursos anunciados pela Apple nesta segunda, como a capacidade de fazer uma foto de uma placa e usar recursos de inteligência artificial para analisar o texto, estão presentes em dispositivos Android há vários anos.
EVENTOS DE DESENVOLVEDORES
A Apple também lançou o que chama de "eventos dentro de apps", uma forma com a qual desenvolvedores de aplicativos poderão realizar eventos ao vivo dentro de seus próprios apps e esses eventos poderão ser exibidos em tempo real na App Store.
O recurso pode intensificar a competição com o Facebook, que afirmou que planeja lançar uma operação de eventos online que será gratuita até 2023. Após isso, a rede social vai cobrar comissões menores que os 30% cobrados pela Apple na App Store.