Investing.com – A Apple (NASDAQ:AAPL) acumulou sua sexta queda seguida na quarta-feira, 31, recuando 5,5%, após a reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sinalizar uma postura mais dura do que o esperado, o que reduziu as chances de um corte de juros em março e afetou os mercados.
O mercado, contudo, voltará sua atenção para os resultados da empresa na quinta-feira, 1 de fevereiro, quando a gigante de tecnologia deve divulgar seu balanço trimestral após o fechamento dos mercados dos EUA.
Segundo o consenso dos analistas, a Apple deve reportar um lucro por ação (LPA) de US$ 2,10, o que representa um salto de 48,3% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 11,7% em relação ao ano passado.
As receitas são estimadas em US$ 118,3 bilhões, o que representa um crescimento de 32% em relação ao trimestre anterior, mas uma alta de menos de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Também é importante destacar que os dados do InvestingPro mostram que a Apple superou as projeções de lucro nos últimos 8 trimestres seguidos. Portanto, uma nova surpresa positiva na quinta-feira não está descartada, embora a desaceleração da economia da China, um mercado importante para a Apple, recomende prudência.
No entanto, devido à queda dos últimos dias, as ações da Apple provavelmente estão bem posicionadas para reagir positivamente se o balanço trimestral trouxer surpresas positivas no LPA ou nas receitas.
Por outro lado, vale ressaltar que o preço-justo InvestingPro da Apple, que sintetiza 14 modelos financeiros reconhecidos, é de apenas US$ 162,24, o que está US$ 12 abaixo do fechamento de quarta-feira.
Os analistas, embora mais otimistas com um preço-alvo médio de US$ 199,62, também não veem um grande potencial de valorização no papel (+8,2%).
Em resumo, uma boa surpresa nos resultados da Apple esta noite pode ajudar a amenizar as perdas dos últimos dias, mas o papel continua a ser avaliado de forma justa de acordo com os modelos, e esperar por uma queda mais expressiva seria preferível para um investimento de longo prazo.