Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - Depois da compra da Reserva e do acordo de exclusividade para a distribuição da Vans no Brasil, que abrem novas avenidas de crescimento, além da melhora na expectativa de uma expansão resiliente no mercado doméstico e no resultado da operação dos EUA, o BTG Pactual (SA:BPAC11) elevou de R$ 50 para R$ 80 seu preço-alvo para a ação da Arezzo (SA:ARZZ3), e recomenda Compra.
Por volta das 17h, o papel ARZZ3 era negociado em alta de 1,5%, a R$ 69,74, surfando na alta de 0,4% do Ibovespa, que operava aos 106.548 pontos. Desde a abertura do pregão, a máxima da ação foi de R$ 70,34 e a mínima, de R$ 67,70, com R$ 27,97 milhões em volume negociado.
A aquisição da Reserva pela Arezzo, por R$ 715 milhões, aprovada pelo Cade na última quarta-feira (18), aumenta o mercado endereçável do grupo para R$ 40 bilhões, versus seu mercado atual de R$ 11 bilhões. O acordo assinado pela Arezzo para ser a distribuidora exclusiva da Vans no Brasil em outubro de 2019 acrescenta cerca de R$ 240 milhões em receitas, usando os números de 2019.
Outra novidade do grupo é a criação do marketplace ZZMALL, com suas sete marcas próprias e outras 30, lançado nesta quinta-feira (19). Antes da pandemia de Covid-19, as vendas online correspondiam a cerca de 10% do total de vendas do grupo, e o aumento desse percentual foi muito rápido, segundo o banco. No terceiro trimestre, o modelo clique e colete estava disponível em 64% das lojas, versus 56% no segundo trimestre, e a venda remota chegou a 100% das lojas.
Além disso, o banco destaca o fato de o Brasil ser um país difícil para a entrada de players estrangeiros, a expertise do grupo no modelo de franquias e sua estrutura logística.
Para o futuro, então, o BTG espera crescimento anual médio do lucro líquido de 18% nos próximos cinco anos, o que justifica o preço mais alto da ação em relação aos concorrentes.
Além disso, o banco projeta por ano, entre 2019 e 2025, a abertura de 40 lojas no modelo de franquia; expansão de 4,5% da área de vendas; aumento de 9% nas vendas no mercado interno; de 5% no mercado externo; de 10% na receita consolidada; e de 12% no Ebitda. A margem Ebitda, por sua vez, deve alcançar 18% em 2025, versus 15,6% em 2019.