Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - Os papéis da Aura Minerals (SA:AURA33) operavam próximos à estabilidade nesta terça-feira (11) após a companhia apresentar lucro líquido de US$ 14 milhões no primeiro trimestre e EBITDA de US$ 52 milhões, uma alta de 4% em relação ao trimestre anterior.
Perto das 10h55, a ação era negociada a R$ 64,76, com alta acumulada de 4,08% nos últimos trinta dias.
Segundo a companhia, em apresentação de resultados divulgada após o fechamento do mercado ontem, a produção de ouro atingiu 67 mil onças no período, alta anual de 66% e a segunda maior da história.
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Para os analistas da XP Investimentos, o resultado é explicado por conta de teores mais elevados na mina de San Andres, em Honduras, teores ainda altos na mina Ernesto e início da produção em Nosde, no complexo EPP, no Brasil, e o aumento da capacidade em Aranzazu, no México, em linha com o guidance da companhia de alcançar uma expansão de 30% na produção.
Os analistas também escrevem que os fortes níveis de produção e os melhores preços realizados de cobre levaram a um aumento na receita líquida para US$ 116 milhões no período, alta de 15% no trimestre e de 139% na comparação anual.
Eles acreditam que a empresa esteja bem posicionada para aproveitar os benefícios do plano de expansão e destravar valor quando declarar novos recursos e reservas.
Também estimam um retorno com fluxo de caixa de 14% no final de 2021 e dívida líquida/EBITDA de -0,7 vez.
A XP manteve a recomendação de Compra para Aura, com preço-alvo de R$ 95 por BDR.
Safra
Já os analistas do Safra apontaram, em relatório, que a Aura apresentou EBITDA menor que o esperado, uma vez que custos e despesas de exploração maiores do que o previsto mais do que compensaram a receita líquida superior à esperada de US$ 116 milhões por conta do maior volume de vendas com atrasos nos embarques no quarto trimestre.
Eles também apontaram que o lucro líquido de US$ 14 milhões foi negativamente impactado por uma perda de US$ 8,3 milhões relacionada ao não pagamento antecipado da dívida vinculada à Gold Road.
Ainda assim, eles mantiveram a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 79, pela perspectiva positiva para os preços do ouro e a baixa alavancagem, forte geração de fluxo de caixa e diversificação geográfica da empresa.