Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista engatava nova sessão com viés negativo nesta terça-feira, tendo bancos e Petrobras entre as maiores pressões de baixa do Ibovespa, em meio a um ambiente ainda volátil no exterior, enquanto Marfrig era destaque de alta.
Às 11:36, o Ibovespa caía 0,46 %, a 116.339,92 pontos. O volume financeiro somava 3,112 bilhões de reais.
A equipe da Ágora Investimentos destacou em nota a clientes que, após alguns dias de maior tensão nas bolsas internacionais, a terça-feira começou com uma atmosfera mais calma no exterior, sem novos desdobramentos, por ora, relacionados à crise EUA-Irã.
"As notícias sobre o tema, no entanto, devem ser acompanhadas de perto", ponderou.
Wall Street iniciava os negócios desta sessão com variações moderadas, diante da ausência de nova escalada na tensão entre os Estados Unidos e o Irã, após ataque norte-americano matar comandante iraniano.
Na visão da equipe da Elite Investimentos, o Ibovespa deve ser influenciado em grande parte pela conjuntura internacional, dado o recesso parlamentar e a agenda fraca de indicadores no Brasil, conforme nota a clientes.
DESTAQUES
- BRADESCO PN (SA:BBDC4) cedia 1,7% e ITAÚ UNIBANCO PN recuava 1%, pesando no Ibovespa, dada a relevante participação que detêm na composição do índice, em sessão negativa para o setor de bancos como um todo, com BTG PACTUAL (SA:BPAC11) UNIT cedendo 1,6%.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) caía 0,8% e PETROBRAS ON (SA:PETR3) cedia 1,1%, tendo de pano de fundo ajuste de baixa nos preços do petróleo após alta recente com aumento de tensões no Oriente Médio dada a crise EUA-Irã, além de expectativa para oferta de ações da companhia detidas pelo BNDES.
- MARFRIG ON (SA:MRFG3) valorizava-se 1,9%. O Santander Brasil (SA:SANB11) elevou a recomendação da ação para 'compra' e o preço-alvo para 16 reais, citando entre os argumentos um ambiente favorável para resultados recordes e geração de fluxo de caixa em 2020. No setor, JBS ON (SA:JBSS3) subia 0,8%. MINERVA ON (SA:BEEF3), que não está no Ibovespa, subia 2,7%.
- BRASKEM PNA (SA:BRKM5) mostrava declínio de 2%, após três altas seguidas, período em que acumulou elevação de quase 12%.
- VALE ON (SA:VALE3) cedia 0,2%, em sessão sem viés único no setor de mineração e siderurgia, com USIMINAS PNA (SA:USIM5) e CSN (SA:CSNA3) subindo 0,4% e 0,1%, respectivamente.
- AZUL PN (SA:AZUL4) mostrava elevação de 1,1%, em meio à trégua na valorização dos preços do petróleo e dados sobre tráfego em dezembro, quando a demanda superou a oferta. [nL1N29B1RW] GOL (SA:GOLL4) PN subia 0,5%.
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- CEMIG PN (SA:CMIG4) avançava 1,7%, tendo no radar reportagem do Valor Econômico de que a elétrica mineira contratou o Bank of America para "avaliação estratégica" de uma possível venda de sua fatia na transmissora Taesa (SA:TAEE11).
- MRV ON (SA:MRVE3) tinha acréscimo de 0,5%. Na véspera, a construtora divulgou que recebeu carta da gestora de recursos Dynamo informando que passará a apoiar a proposta de compra da AHS, nos EUA. A asssembleia extraordinária para deliberar sobre a proposta está marcada para 31 de janeiro.