Investing.com - O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) elevou nesta segunda-feira os preços-alvo das ações da JSL (SA:JSLG3) e da Movida (SA:MOVI3), de R$ 14,50 para R$ 21,00 e de R$ 13,00 para R$ 20,00, respectivamente, mantendo a recomendação Outperform (quando as ações têm potencial de valorização acima da média do mercado) em ambas as empresas. A revisão se deu para incorporar os resultados do segundo trimestre ao modelo de avaliação da instituição.
Por volta das 16h10 da tarde, as ações da JSL (SA:JSLG3) operam com perdas de 2,39% a R$ 17,19 e as da Movida (SA:MOVI3) somavam 1,66% a R$ 15,32.
Em comunicado enviado a clientes, os analistas se mostram confiantes com o setor de transporte brasileiro, pois acreditam que ele deve continuar oferecendo oportunidades de crescimento para os principais players do setor. Para eles, esse crescimento será sustentado pela mudança de comportamento em termos de mobilidade urbana, aumentando o aluguel de veículos leves.
A equipe também acredita que as empresas brasileiras - públicas e privadas - buscarão reduzir custos terceirizando suas próprias frotas (carros, caminhões e equipamentos), o que deve melhorar o mercado de aluguel onde o Grupo JSL (SA:JSLG3) está posicionado estratégico.
O BB-BI destaca as recentes notícias de que a montadora Toyota lançou no Brasil um serviço de aluguel de carro com marca de aplicativo chamado Toyota Mobility Services. Este serviço já está disponível na Argentina desde o final do ano passado. No Brasil, o serviço de aluguel de carros será oferecido nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife e Salvador.
Eles avaliam que ainda é muito cedo para saber se a estratégia da montadora de expandir a operação de aluguel de carros no Brasil. No entanto, destacam como pontos positivos para a montadora japonesa a rede de revendedores que poderiam operar na franquia; seu “poder de fogo” para captar recursos no mercado financeiro ou mesmo com sua sede no Japão e, finalmente, o menor custo de aquisição de veículos em comparação com as empresas brasileiras de aluguel de carros regulares. O banco entende que, faria sentido para a Toyota firmar parcerias com locadoras brasileiras, em vez de operar sem um parceiro estratégico.
Caso montadora opte por operar sem um parceiro estratégico, haverá um período de aprendizado de longo prazo para que ela tenha uma posição consolidada no setor brasileiro de aluguel de carros, uma vez que esse tipo de operação envolve recursos de monitoramento de roubo, risco de inadimplência, gerenciamento de seguros e sinistros e de multas de trânsito, que não são o principal negócio da Toyota. Portanto, a operação consumirá capex, experiência e infraestrutura de rede de revendedores que poderiam comprometer o foco em seus principais negócios.
De qualquer forma, o banco avalia que decisão da montadora confirma a visão positiva da indústria brasileira de aluguel de carros. Nesse contexto, eles enxergam vantagens competitivas da JSL (SA:JSLG3) para capturar as mudanças na mobilidade urbana brasileira, devido ao seu histórico de realizações há mais de 60 anos atuando no setor de logística. A empresa possui expertise para atender às necessidades de empresas públicas e privadas na busca de eficiência por meio da terceirização de veículos leves/pesados, bem como de serviços