SÃO PAULO (Reuters) - A produtora brasileira de açúcar e etanol Biosev (SA:BSEV3) espera que a produção de açúcar do Centro-Sul do país registre uma redução de 600 mil toneladas em 2019/20 na comparação anual, enquanto a gigante do agronegócio Bunge prevê um avanço.
Em um momento em que as usinas priorizam a produção de etanol, que tem apresentado melhores resultados devido à forte demanda local e aos baixos preços globais do açúcar, a Biosev estimou a produção do adoçante em 25,9 milhões de toneladas nesta temporada, contra 26,5 milhões de toneladas em 2018/19.
Já a produção do biocombustível deve apresentar um avanço para 32,1 bilhões de litros em 2019/20, ante 30,9 bilhões de litros em 2018/19, avaliou a Biosev.
Apesar de ver um salto semelhante na produção de etanol, a Bunge diverge nos valores para o açúcar. Na comparação anual, a empresa estima um avanço de 100 mil toneladas na produção do adoçante em 2019/20, para 26,6 milhões de toneladas.
Mesmo assim, prevê uma alocação de apenas 34,7% da cana da região para o açúcar, versus 35,2% em 2018/19.
Quanto ao etanol, a Bunge acredita que a produção deve avançar de 30,95 bilhões de litros em 2018/19 para 32,15 bilhões de litros em 2019/20.
PREVISÕES PARA 2020/21
Para a próxima temporada, a Biosev estima uma produção de 28 milhões de toneladas de açúcar no Centro-Sul, enquanto a de etanol deve se manter estável, em 32,1 bilhões de litros. A safra de cana deve atingir 596 milhões de tonelada, contra 585 milhões de toneladas em 2019/20.
Já a Bunge prevê para 2020/21 a produção do adoçante em um intervalo de 28,6 milhões de toneladas a 29,6 milhões de toneladas, e a do biocombustível entre 29,7 bilhões de litros e 30,6 bilhões de litros.
A moagem deve variar de 565 milhões de toneladas a 585 milhões de toneladas, versus 586 milhões de toneladas em 2019/20, completou a Bunge.
(Reportagem de Marcelo Teixeira)