Investing.com - O mercado que operava em baixa nesta segunda-feira (9/5) despencou após a informação de que o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, anulou a sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Ibovespa desabou para os 49 mil pontos, queda de 3% frente a abertura aos 51.700 pontos.
As ações ordinárias da Petrobras (SA:PETR3) caem 10%, enquanto as preferenciais (SA:PETR4) recuam 8,8%. Os papéis recuavam nesta segunda acompanhando o movimento negativo do petróleo, que cede 2% mercado internacional. A empresa divulgou na sexta-feira produção de 2,12 milhões de b/d em abril, alta de 5% frente a março. A companhia também se antecipou às captações de 2017 e assinou termo de compromisso de US$ 1 bilhão com o banco de fomento de exportações e importações chinês China Exim Bank.
A Vale (SA:VALE5) cai 8% no pregão com notícias ruins vindas da china e relatório do Société Générale (PA:SOGN) que rebaixou de compra para manutenção e cortou o preço-alvo das ações em 40% de US$ 8 para US$ 4,86 em 12 meses. A China divulgou que as exportações caíram 1,8% e as importações, 10,9% em abril frente a igual período do ano passado. O minério de ferro recuou 5% para abaixo de US$ 55/t.
O maior recuo do dia é da Usiminas (SA:USIM5) que despenca 11% com as incertezas em relação ao futuro da empresa. A expectativa é que a briga dos sócios Ternium e Nippol Steel leve à cisão da companhia, com cada grupo gerindo uma planta produtiva.
As siderúrgicas caem com as dúvidas em relação à economia chinesa. Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) cede 7%, Gerdau (SA:GGBR4) -6% e CSN (SA:CSNA3) -8%.
Os bancos mantêm a trajetória de queda dos últimos pregões com o aumento da inadimplência, que prejudicou o resultado do primeiro trimestre. Itaú Unibanco (SA:ITUB4) cai 1,4%, seguido por Itaúsa (-0,7%) e Bradesco (SA:BBDC4) cede 1,6%. O Banco do Brasil (SA:BBAS3) despenca 3,5% com o cenário negativo e o ambiente político com a anulação da votação do impeachment na Câmara. O IFNC cai 1,6%.
As exportadoras de celulose ganham com o avanço do dólar e o reajuste da celulose. A Fibria (SA:FIBR3) sobe 1,7% e a Suzano (SA:SUZB5), 1,4%.
Dólar
Após ter disparado e alcançado os R$ 3,67 com a notícia vinda da Câmara dos Deputados, o dólar se acomodou em R$ 3,56, alta de 1,7%.