Investing.com - O Ibovespa consolida a alta nesta quinta-feira pós-impeachment da presidente Dilma Rousseff com Vale (SA:VALE5) e Petrobras (SA:PETR4) no positivo, enquanto bancos e siderúrgicas operam mistos. O índice avança 0,6% aos 58.260 pontos.
Os principais índices norte-americanos operam sem direção definida após os futuros terem indicado alta pela manhã. Dow 30 e S&P 500 cedem, respectivamente, 0,1% e 0,2%, enquanto o Nasdaq sobe 0,1%. A expectativa é que os dados do payroll que serão divulgados amanhã deem uma nova orientação ao mercado e modifiquem as apostas em relação à alta de juros nos EUA.
Na Europa, o dia que se encaminhava para alta nos principais índices motivados por bons dados chineses tiveram reações mistas em relação aos dados de PMI, que veio forte no Reino Unido e fraco na França. DAX e o FTSE 100 perderam 0,5%, CAC 40 subiu 0,03% e o IBEX 35 avançou 0,53%.
No Brasil, a ressaca pós-impeachment não trouxe dados novos e o mercado ainda avalia os dados do déficit público e do PIB divulgados ontem, assim como o comunicado do Banco Central, que renovou as preocupações em relação à inflação.
A Petrobras ignora nova queda no preço do petróleo e avança 1% em meio a elevação de recomendação e preço-alvo das ADR pelo BTG Pactual (SA:BBTG11). A commodity perde 2,5% e é vendida a US$ 43,50 nos EUA e a US$ 45,70 em Londres.
A Vale se recupera de dois pregões consecutivos de fortes quedas e avança 2%. Na China, o minério de ferro recuou novamente para mínima de um mês motivado pela paralisação forçada de siderúrgicas para tentar apresentar um ar mais limpo na reunião do G20.
Na siderurgia, a Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) perde 0,8% após acumular ganhos de mais de 36,0% em julho e de 36,4% em agosto. A Gerdau (SA:GGBR4) perde 1,3% tendo também dois meses seguidos de fortes altas. Usiminas (SA:USIM5) e a CSN (SA:CSNA3) operam estáveis. Esta última foi rebaixada pela S&P de B para CCC+ com a expectativa de queima de caixa nos próximos meses pela combinação de dívida e fracos desempenhos operacionais, se tornando insustentável no curto a médio prazo.
As ações de papel e celulose operam com fortes altas em meio a perspectivas melhores em relação à commodity e com a valorização do dólar frente ao real. Suzano (SA:SUZB5) sobe 5%, enquanto Fibria (SA:FIBR3) e Klabin (SA:KLBN4) avançam 3%.
A Cemig (SA:CMIG4) dispara 4,5% após a aprovação da venda de o dobro do previsto de ações da Taesa. Ao todo, a companhia mineira poderá colocar 40,7 milhões de units, que na cotação de ontem somava uma operação de R$ 945 milhões. O objetivo é captar recursos para reduzir o endividamento da holding.
O setor financeiro opera sem direção definida, com altas de 1,8% e 1,5% no Itausa (SA:ITSA4) e Itaú (SA:ITUB4), nesta ordem. Já o Banco do Brasil (SA:BBAS3) cai 0,7% e o Bradesco (SA:BBDC4) opera perto da estabilidade.
Dólar
A moeda norte-americana avança 0,5% frente ao real e é negociada a R$ 3,244.