Bolsa zera perdas com recorde nos EUA e redução da pressão sobre Temer

Publicado 25.11.2016, 14:05

Investing.com - O Ibovespa zerou as perdas com a abertura do mercado dos EUA e a amenização da crise política que estourou no Palácio do Planalto com a denúncia do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de que teria sofrido pressão de Temer na disputa com Geddel Vieira Lima. Às 13h30, o índice recua 0,1% para 61.324 pontos, após tocar na mínima de 60.572 pontos na primeira hora do pregão.

A bolsa de Nova York voltou a operar após o feriado de ontem no país e renova suas máximas históricas com ganhos nos principais índices. Dow 30 e S&P 500 sobem 0,3%, enquanto o Nasdaq e o Russell 2000 avançam 0,1%.

No país, o foco continua sobre a erupção de uma nova crise política que poderá enfraquecer o governo e dificultar a aprovação das medidas do ajuste fiscal. No fim da manhã, Calero negou intenção de gravar conversa com Michel Temer após ter afirmado em depoimento à Polícia Federal que o presidente teria feito pressão para que ele cedesse ao pedido pessoal de Geddel Vieira Lima, que pediu demissão do cargo.

O receio dos investidores é que o presidente se enfraqueça e perca apoio no Congresso para votação das medidas do ajuste fiscal. O governo ainda não aprovou definitivamente a PEC que limita o teto de gastos e não iniciou a discussão sobre a reforma de Previdência.

Ainda no noticiário, o governo decidiu elevar o valor do imóvel que pode ser adquirido com recursos do FGTS, além do valor financiável pelo sistema de habitação. O presidente Temer também assinou medida provisória para prorrogar os contratos existentes de ferrovias e rodovias.

De volta à economia, a arrecadação federal de novembro bateu recorde com a repatriação e somou R$ 148,699 bilhões, alta de 33%.

O índice de confiança da construção apresentou queda de 2,3 pontos em novembro e a confiança no comércio recuou 3,6 pontos no mesmo mês.

Destaques do Ibovespa

A Petrobras (SA:PETR4) opera com perdas de 1% em meio à crise política e o recuo do petróleo no mercado internacional. A commodity cede mais de 2% com a valorização do dólar e a volatilidade com a aproximação da reunião da Opep que deverá anunciar um acordo para limitar a produção.

A Vale (SA:VALE5) sobe 2% em novo dia de alta no minério de ferro na China. O contrato para entrega imediata da commodity em Qingdao avançou mais 3,5% e se aproximou das US$ 80/t. No radar, a empresa anunciou uma linha de financiamento de curto prazo de US$ 115 milhões para a Samarco com o objetivo de retomar as operações.

As siderúrgicas seguem o movimento de valorização e sobem lideradas pela CSN (SA:CSNA3) (+2,2%). Usiminas (SA:USIM5) e Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) ganham 1% e a Gerdau (SA:GGBR4) sobe 0,7%.

Os bancos operam majoritariamente no negativo com a exceção do Banco do Brasil (SA:BBAS3) que virou para alta de 0,2%. Bradesco (SA:BBDC4) perde 0,7%, enquanto o Itaú Unibanco (SA:ITUB4) e o Itaúsa (SA:ITSA4) caem 0,5%.

A Kroton (SA:KROT3) e a Estácio (SA:ESTC3) registram nova queda de 1,5% nesta sexta-feira, em meio ao noticiário da semana de que o TCU investigará fraudes no Fies.

Dólar

A moeda amenizou o movimento de alta da manhã, quando superou os R$ 3,46 em meio ao avanço da crise política e é negociada a R$ 3,42, +0,8%.

A subida da divisa impulsiona as exportadoras. Fibria (SA:FIBR3) avança 2%, seguida por 1,5% da Embraer (SA:EMBR3) e 1% da Suzano (SA:SUZB5).

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