São Paulo, 01/02/2024 - As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta quinta-feira, um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) indicar que não pretende cortar juros em breve e também em meio a temores persistentes sobre a perspectiva da economia chinesa.
Na China continental, o índice Xangai Composto teve baixa de 0,64%, a 2.770,74 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,46%, a 1.537,75 pontos, após novos dados de atividade manufatureira não aliviarem preocupações sobre a segunda maior economia do mundo.
O PMI industrial chinês medido pela S&P Global/Caixin ficou inalterado em 50,8 no mês passado, com a leitura acima de 50 sugerindo modesta expansão na manufatura pelo terceiro mês consecutivo. O dado diverge do PMI oficial da indústria chinesa, que subiu levemente a 49,2 em janeiro, mas apontou contração no setor pelo quarto mês seguido.
Em comentários sobre os PMIs oficiais da China, o Commerzbank disse ontem que Pequim provavelmente terá de adotar mais medidas de estímulos agressivas para impulsionar a economia do gigante asiático.
O japonês Nikkei também mostrou desempenho negativo hoje, com queda de 0,76% em Tóquio, a 36.011,46 pontos, mas houve ganhos em outras partes da Ásia: o sul-coreano Kospi avançou 1,82% em Seul, a 2.542,46 pontos, o Hang Seng subiu 0,52% em Hong Kong, a 15.566,21 pontos, e o Taiex registrou alta de 0,44% em Taiwan, a 17.968,11 pontos.
Ontem, o Fed deixou seus juros inalterados pela quarta vez consecutiva, como era amplamente esperado, mas também sinalizou que não deverá cortá-los em março, adiando o esperado relaxamento na política monetária dos EUA e derrubando as bolsas de Nova York.
Na Oceania, a bolsa australiana sentiu o peso do Fed cauteloso e ficou no vermelho nesta quinta, depois de atingir máxima histórica no pregão anterior. O S&P/ASX 200 caiu 1,20% em Sydney, a 7.588,20 pontos.
(Por Sergio Caldas. Com informações da Dow Jones Newswires)