As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 25, após balanços corporativos mistos da região e dos Estados Unidos. Além disso, o mercado alinha expectativas para decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira, 26.
Em Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,33%, a 7.414,34 pontos; em Frankfurt, o DAX subiu 0,08%, aos 14.879,94 pontos; em Paris, o CAC 40 ganhou 0,31%, aos 6.915,07 pontos; em Madri, o Ibex 35 avançou 0,12% aos 8.984,80 pontos; em Milão, o FTSE MIB recuava 0,52%, a 27.428,60 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,09%, aos 6.050,12 pontos. As cotações são preliminares.
Como previsto pelo Commerzbank, o mercado acionário europeu relutou em firmar uma posição na véspera de decisão do BCE, "apesar de outra alta nos juros ser improvável", na visão do banco. Os índices operaram sem direção durante boa parte da manhã, chegando a firmar perdas acompanhando clima negativo em Nova York, nota o CMC Markets.
Em dia de agenda modesta, estiveram em foco resultados corporativos de empresas da Europa e dos Estados Unidos. Entre bancos, Santander (BVMF:SANB11) (+2,35%) e Lloyds (+2,18%) encerraram no azul, superando reação inicial negativa por preocupações com margem de juros neste ano e depois de ampliarem lucro no terceiro trimestre. Já o Deutsche Bank fechou em alta de 8,18%, seguindo anúncio de maior distribuição de retorno para acionistas, apesar de frustrar expectativas de lucro e receita.
Na Holanda, a Heineken (+1,35%) oscilou durante o pregão, enquanto investidores ponderaram sobre a redução no lucro líquido acumulado até setembro em contrapartida ao aumento de receita no período. Em Paris, a ação do Carrefour (BVMF:CRFB3) caiu 0,98%, na espera por divulgação de resultados corporativos após o fechamento dos mercados.
Entre dados macroeconômicos, o índice Ifo da Alemanha de sentimento das empresas reforçou expectativa de recessão no país, avalia a Capital Economics. Em relatório, a consultoria projeta que a economia alemã deve contrair neste ano e permanecer estagnada em 2024, contrariando expectativas do presidente do instituto Ifo, Clemens Fuest.
Em entrevista à Bloomberg, Fuest afirmou que a atividade está estabilizando e deve voltar a crescer no quarto trimestre. Ele ainda projeta que o BCE não deve voltar a elevar os juros e que um corte nas taxas poderia acontecer já no segundo semestre do próximo ano.