As bolsas de Nova York fecharam em forte alta nesta quinta-feira, impulsionadas por balanços corporativos de grandes empresas americanas, que superaram a expectativa do mercado. Em segundo, foram monitorados dados de emprego e inflação ao produtor nos Estados Unidos, além de comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
O índice Dow Jones avançou 1,56%, aos 34.912,56 pontos, o S&P 500 subiu 1,71%, aos 4.438,26 pontos, e o Nasdaq ganhou 1,73%, aos 14.823,43pontos.
Operadores analisaram os resultados trimestrais de grandes empresas americanas. Entre instituições financeiras, Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34), Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34) e Citigroup (NYSE:C) (SA:CTGP34) informaram crescimento considerável no lucro líquido no terceiro trimestre, ante igual período de 2021, todos acima das expectativas, e suas ações tiveram altas robustas. Apenas o papel do Wells Fargo (NYSE:WFC) (SA:WFCO34) sofreu baixa, de 1,61%, diante do recuo na receita do banco.
A UnitedHealth (NYSE:UNH) (SA:UNHH34) (+4,18%) também se destacou positivamente nesta quinta, após o lucro e a receita do terceiro trimestre da empresa superarem as estimativas do mercado. No setor de saúde, outro destaque foi a Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34), cuja ação avançou 3,23% após o Food and Drug Administration (FDA, a Anvisa dos EUA) recomendar uma terceira dose da vacina contra a covid-19 da farmacêutica a idosos.
Ainda entre ações específicas, a da Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34) subiu 2,17%, em linha com outros papéis do setor de telecomunicações. O LinkedIn, rede social da big tech voltada ao mercado de trabalho, informou nesta quinta que deixará de operar na China. Já a Delta Airlines (NYSE:DAL) (SA:DEAI34) disse que obteve seu primeiro lucro sem subsídio após a crise do coronavírus, e o papel da companhia aérea teve alta de 0,39%.
Com o noticiário corporativo cheio, comentários de dirigentes do Fed ficaram em segundo plano durante o pregão desta quinta. Dentre eles, o chefe da distrital de Atlanta do BC, Raphael Bostic, disse que é inadequado definir o nível de inflação atual como "breve". Outro a expressar preocupação com a trajetória dos preços nos EUA foi o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, que disse não ter certeza de que o núcleo da inflação - que exclui setores voláteis como alimentos e energia - vai moderar nos próximos seis meses.
Já a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou que a entidade está em posição para reduzir o volume de suas compras de bônus, mas não para elevar a taxa de juros, enquanto o líder da distrital de Richmond, Thomas Barkin, reforçou o compromisso de começar o tapering em breve, algo já dado como certo pelo mercado, especialmente após a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) na quarta.
Também foram monitorados dados macroeconômicos dos EUA, incluindo o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que avançou 0,5% entre agosto e setembro, 0,1 ponto porcentual abaixo do esperado. Já o número de pedidos por auxílio-desemprego recuou 36 mil na semana passada, a 293 mil, abaixo da estimativa de analistas.