As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta segunda, 28, em uma sessão cautelosa, na qual a econômica chinesa entrou em foco. A onda de protestos contra a política de covid zero do país levantou preocupações sobre as perspectivas locais, uma vez que podem colocar pressão nas políticas governamentais. Ações ligadas a commodities estiveram entre as mais prejudicadas. Enquanto isso, a postura do Federal Reserve (Fed) seguiu alvo de atenção, com dirigentes da autoridade fazendo declarações em uma semana que conta com a publicação do payroll dos Estados Unidos em novembro.
O índice Dow Jones caiu 1,45%, aos 33.849,66 pontos, o S&P 500 recuou 1,54%, aos 3.963,94 pontos e o Nasdaq teve baixa 1,58%, aos 11.049,50 pontos.
O Danske Bank analisa que a China está diante de uma situação difícil que provavelmente levará a um "desenvolvimento caótico" durante o inverno. "Se a China afrouxar ainda mais a política de covid zero para atender às demandas dos manifestantes, isso levará a surtos muito maiores e perderá o controle do vírus. "Eu simplesmente não acho que as autoridades vão querer parecer que estão recuando em resposta aos protestos", disse Susannah Streeter, analista sênior de investimentos e mercados da Hargreaves (LON:HRGV) Lansdown, ao WSJ. "Se continuar com bloqueios contínuos, a demanda do consumidor será prejudicada, haverá um efeito contínuo nas cadeias de suprimentos e pode haver uma queda na demanda por commodities importantes", pondera.
Southern Copper (NYSE:SCCO) (-1,97%), Exxon Mobil (NYSE:XOM) (-3,05%) e Occidental Petroleum (NYSE:OXY) (-3,03%) recuaram. A Chevron (NYSE:CVX) caiu 2,91%, em dia marcado pela notícia de que o governo americano autorizou explorações de petróleo pela empresa na Venezuela. Já as ações da Apple (NASDAQ:AAPL) caíram 1,71% após notícia da Bloomberg de que a empresa corre o risco de ter um déficit de unidades do iPhone Pro este ano por conta do impacto das restrições na fábrica da Foxconn (TW:2354), em Zhengzhou.
O presidente do Fed de Nova York, John Williams, defendeu cautela nas políticas monetárias para reduzir os altos índices de inflação. "Não podemos arriscar períodos sustentados de deflação. O ideal é que ela fique em torno de 2% ao ano", apontou. O dirigente da distrital de St. Louis, James Bullard, afirmou hoje que a autoridade deverá manter os juros em um nível elevado em 2023 e 2024, e que acredita que chegar na taxa terminal de juros o mais rápido possível é o melhor.
*Com informações Dow Jones Newswires.