As bolsas de Nova York fecharam nesta terça-feira, 17, sem sinal único, pressionadas pela alta dos juros dos Treasuries e após dados fortes do varejo e produção industrial reduzirem um pouco a confiança de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) terminou com o ciclo de aperto. Ainda, investidores acompanharam a divulgação de balanços de grandes bancos americanos, que instigaram reações mistas.
O índice Dow Jones subiu 0,04%, aos 33.997,65 pontos, o S&P 500 cedeu 0,01%, aos 4.373,20 pontos e o Nasdaq fechou em queda de 0,25%, aos 13.533,75 pontos.
Um forte dado de vendas do varejo dos Estados Unidos em setembro ante agosto, acima do esperado, fez com que levantamento do CME Group reduzisse as chances de manutenção nos juros em novembro e dezembro, apesar de a possibilidade se manter majoritária.
Segundo análise do Remessa Online, entretanto, o Fed deverá ainda assim manter os juros. Já para o ING, o dado reforça que o corte de juros pelo Fed está "distante".
Nesta terça, os bancos Goldman Sachs (NYSE:GS) e Bank of America (NYSE:BAC) divulgaram seus respectivos balanços do terceiro trimestre, ambos superando as expectativas de lucro. Entretanto, enquanto o BofA conseguiu subir 2,33%, o Goldman Sachs terminou o pregão em queda de 1,60%, após ter registrado queda de 1% em sua receita no confronto anual. Na visão da Oanda, porém, os grandes bancos "ainda estão otimistas em relação ao consumidor americano".
Já a Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) elevou suas perspectivas para vendas e para o lucro ajustado de sua ação para 2023 em balanço do terceiro trimestre, com lucro acima do esperado pelo mercado. Entretanto, a ação da empresa caiu 0,91%.
A fraqueza também foi vista em empresas intensivas em tecnologia. O setor registrou maior baixa entre os 11 subíndices do S&P 500 (-0,77%), com destaque para semicondutores após os Estados Unidos ampliarem restrições do acesso da China à tecnologia avançada de chips para inteligência artificial. Assim, a Nvidia despencou 4,68% e a Intel (NASDAQ:INTC) cedeu 1,37%.