As bolsas de Nova York ficaram sem sinal único nesta sexta-feira, 19. A aprovação do pacote de medidas sociais e climáticas do presidente Joe Biden, nos EUA, junto à proposta do Pentágono a big techs deram algum apoio aos índices. Pela primeira vez, o Nasdaq ultrapassou os 16 mil pontos no fechamento, acompanhado pelo valor máximo histórico das ações da Apple (NASDAQ:AAPL). No entanto, o avanço das covid-19 na Europa e na China segue no radar dos investidores.
O Dow Jones fechou em queda de 0,75%, a 35.601,98 pontos, o S&P 500 recuou 0,14%, a 4.697,96 pontos, enquanto o Nasdaq subiu 0,40%, a 16.057,44 pontos, em novo recorde. Na comparação semanal, houve recuo de 1,38% e ganho de 0,32% e 1,24%, respectivamente.
Depois de semanas de negociação, o Build Back Better, de Biden, foi aprovado na Câmara em quase US$ 2 trilhões. O investimento deve ser voltado para educação, saúde e mudanças climáticas. Agora, o pacote vai para o Senado, onde a negociação deve ser mais dura.
Entre os destaques, as ações da Apple registraram recorde, ultrapassando os US$ 160 por ação. Os papéis da companhia avançaram 1,70%. Ontem, a Bloomberg reportou que a companhia de tecnologia está acelerando o desenvolvimento de carros elétricos autônomos.
O Pentágono solicitou um orçamento a quatro companhias de tecnologia para o desenvolvimento de um sistema em nuvem. O contrato multibilionário está sendo estudado com a Microsoft (NASDAQ:MSFT) (+0,54%), Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (-0,61%), controladora da Google, Amazon (NASDAQ:AMZN) (-0,53%) e Oracle (NYSE:ORCL) (-0.75%).
A Moderna (NASDAQ:MRNA) saltou 4,92%, após a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) autorizar a aplicação de dose de reforço da vacina contra covid-19 em todos os adultos dos EUA. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) ainda precisa dar a decisão final. A Pfizer (NYSE:PFE), porém, caiu 1,20%.
No cenário global, o Wells Fargo pontua que a nova onda de casos de covid-19, predominante na Europa e na China, poderia pesar sobre o crescimento econômico no curto prazo e levou a revisões modestas nas projeções do Produto Interno Bruto global. As preocupações com a demanda de petróleo, por exemplo, derrubaram os preços da commodity e puxaram as ações de petroleiras. A ExxonMobil (NYSE:XOM) despencou 4,62% e Chevron (NYSE:CVX) caiu 2,22%.
A Boeing (NYSE:BA) fechou em queda de 5,77%. Além das preocupações com a pandemia, notícias informaram atrasos nas entregas de seus jatos 787.