Investing.com – O mercado futuro de Wall Street apontava para uma abertura em alta nesta segunda-feira, já que tensões entre os EUA e a Coreia do Norte se acalmavam em uma sessão com expectativas de ser calma sem relatório econômicos norte-americanos muito importantes.
O blue chip futuros do Dow ganhava 95 pontos, ou 0,43%, às 6h47 em horário local (7h47 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 subiam 14 pontos, ou 0,57%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 33 pontos ou 0,57%.
A escalada do conflito entre Washington e Pyongyang despertou sentimento avesso ao risco nas bolsas na semana passada, já que investidores transferiam fundos a portos seguros, mas uma aparente calma nos ânimos fez com que algumas dessas negociações se revertessem.
Jim Mattis, secretário da defesa dos EUA, e Rex Tillerson, secretário de Estado do país, afirmaram no domingo que a administração Trump continuaria a procurar soluções diplomáticas com a Coreia do Norte, ao passo que Mike Pompeo, diretor da CIA e H. R. McMaster, conselheiro de segurança nacional afirmaram não haver indicações de que uma guerra estaria iminente.
Xi Jinping, presidente chinês, também se pronunciou durante o fim de semana, pedindo uma solução pacífica e solicitando aos dois lados que evitassem palavras ou ações que incitassem tensões.
Bolsas de valores de todo o mundo estavam majoritariamente em alta, recuperando-se após temores de que um impasse nuclear entre EUA e Coreia do Norte levasse às maiores perdas em uma semana em 2017.
Os mercados de ações por toda a Ásia encerraram em sua maioria em território positivo, recuperando-se após três sessões seguidas de perdas.
A dinâmica ascendente se transferiu para a Europa, com bolsas subindo a partir de seus menores níveis em quase cinco meses. O DAX da Alemanha subia mais de 1% nas negociações na metade da manhã.
Com as tensões se acalmando, ativos considerados portos seguros como o iene, o franco suíço e o ouro estavam em baixa, já que agentes de mercado recuperavam o apetite ao risco e voltavam ao mercado de ações.
Com relação a empresas, ações da Jd.Com (NASDAQ:JD) subiam mais de 1% nas negociações antes do pregão após a empresa de vendas diretas on-line ter declarado resultados que superaram expectativas tanto de vendas quanto de lucros.
A Netflix (NASDAQ:NFLX) estava em destaque após ter assinado um contrato de vários anos com Shonda Rhimes, criadora de sucessos da rede de televisão ABC.
Enquanto isso, preços do petróleo caíam nesta segunda-feira, já que preocupações persistentes com a sobreoferta global pesavam nos ânimos.
Sem grandes relatórios econômicos dos EUA em pauta, investidores assimilavam relatórios desiguais da Ásia.
Em notícias positivas, a economia do Japão cresceu em taxa anualizada de 4,0% no segundo trimestre, o ritmo mais acelerado de crescimento desde o primeiro trimestre de 2015. A leitura superou expectativas de crescimento, que eram de apenas 2,5%, e fez com que a economia japonesa liderasse o crescimento nas economias avançadas do G7.
No lado negativo, a produção industrial da China cresceu menos do que o esperado, avançando 6.4% em julho em comparação ao ano anterior, o ritmo mais lento desde janeiro, ao passo que o investimento em ativos fixos e as vendas no varejo também não atenderam às expectativas.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,68%, atingindo US$ 48,49 às 06h49 em horário local (07h49 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,77%, com o barril negociado a US$ 51,70.