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Bolsas europeias caem após dados alemães fracos; DAX -0,17%

Publicado 20.06.2012, 05:17
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Investing.com – As bolsas europeias caíram nesta quarta-feira, uma vez que dados econômicos decepcionantes vindos da Alemanha somaram-se às preocupações com o contágio da dívida na zona do euro, ao passo que os investidores voltaram a atenção para os comentários do Federal Reserve (Fed), na tarde de hoje.

Durante as negociações europeias da manhã, o índice EURO STOXX 50 caiu 0,11%, o CAC 40 da França recuou 0,26%, ao passo que o DAX 30 da Alemanha apresentou queda de 0,17%.

Dados oficiais mostraram que a inflação de preços ao produtor alemão caiu mais que o esperado no mês de maio, assinalando queda de 0,3%, após subir 0,2% no mês anterior. Os analistas esperavam que a inflação de preços ao produtor caísse 0,1% em maio.

Enquanto isso, os investidores aguardavam a conclusão da reunião de política monetária do Fed, que tem a duração de dois dias e deve terminar esta tarde, em meio a crescentes expectativas de que os membros do banco podem anunciar uma terceira rodada de estímulo monetário após a divulgação recentemente de uma série de dados econômicos fracos.

Os mercados também estavam observando os acontecimentos políticos na Grécia, em meio a relatos de que os líderes do partido local estão quase formando um governo de coalizão, o que permitiria à Grécia retomar as negociações com os credores acerca de seu acordo de resgate internacional.

A francesa Danone viu suas ações caírem pela segunda sessão consecutiva, com baixa de 1,50%, depois que a empresa emitiu um aviso de lucro abaixo do esperado na terça-feira, citando uma queda no consumo no sul da Europa, especialmente na Espanha, e destacando as consequências da crise da dívida na Europa sobre as grandes corporações.

As ações da Nokia também caíram 1,51%, ainda afetadas pelo rebaixamento da semana passada em seu status, feito pela agência de classificação Moody's, após o anúncio de importantes cortes orçamentais e demissões globais.

As ações do setor financeiro apresentaram, por sua vez, alta acentuada, lideradas pelo italiano Unicredit, com ações subindo 1,78%, ao passo que as ações dos franceses BNP Paribas e Société Générale cresceram 1,56% e 1,32%, respectivamente.

Os dois maiores bancos da Alemanha, Deutsche Bank e Commerzbank, também contribuíram para os ganhos, com suas ações subindo 0,63% e 1%.

Em Londres, o índice FTSE 100 recuou 0,08%, sofrendo peso das fortes perdas nas empresas de serviços públicos.

As ações da United Utilities caíram 3,96%, ao passo que as da Severn Trent despencaram 6,92% depois de a empresa informar que fechará uma grande extensão da Kingsholm Road, em Gloucester, pela segunda vez em um ano, para fins de prevenção de inundações. Muitos comerciantes ao longo da Kingsholm Road dizem que fechar a estrada novamente colocará o sustento deles em risco.

No lado positivo, os bancos credores britânicos lideraram os ganhos, uma vez que as ações do Lloyds Banking subiram 1,33%, as do Royal Bank of Scotland (RBS) avançaram 1,11%, ao passo que as do Barclays e HSBC Holdings cresceram 0,79% e 0,45%, respectivamente.

As ações da gigante da mineração Rio Tinto também apresentaram alta, avançando 0,22%, ao passo que as ações das produtoras de cobre Xstrata e Kazakhmys subiram 0,12% e 1,01%, respectivamente.

Em outros lugares, as ações da Ryanair avançaram 0,45% depois de a empresa informar que empregará outra tentativa de comprar a companhia aérea rival irlandesa Aer Lingus, cujas ações dispararam 25,24% posteriormente.

Nos EUA, os mercados de ações apontaram para uma abertura em baixa. Os futuros do Dow Jones Industrial Average apontaram queda de 0,21%, os do S&P 500 sinalizaram declínio de 0,24%, ao passo que os do Nasdaq 100 indicaram perda de 0,04%.

No fim do dia, o Fed deve anunciar a taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa de juros. O anúncio deve ser seguido por uma coletiva de imprensa com o presidente do Fed, Ben Bernanke, com o objetivo de discutir a decisão de política monetária.

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