Investing.com - O Ibovespa opera em queda de 0,6% no início dessa semana que será marcada por importantes dados e decisões econômicas. Às 13h45, o índice operava aos 56.644 pontos, em baixa desde o final da manhã, após um início de pregão sem direção definida.
Os investidores estão de olho em dados das principais economias do mundo que têm uma agenda carregada a partir de quarta-feira, com a decisão do Fed em relação às taxas de juros do país. A expectativa do mercado é que o banco não altere a taxa nos 0,5% atuais e mantenha em aberto a possibilidade de uma alta ainda este ano. Dois dias depois, o país também divulgará o PIB do segundo trimestre.
Na sexta-feira é a vez do Banco do Japão divulgar sua política monetária, que deverá ter novas medidas de estímulo à economia, atendendo a um pedido do primeiro-ministro, Shinzo Abe, logo após eleição no país realizada no início do mês. Na Europa, o Reino Unido deverá revelar o crescimento da sua economia no segundo trimestre. A expectativa é de crescimento de 0,4% frente ao período de janeiro a março.
Com a proximidade de grandes decisões, os investidores adotaram postura cautelosa e os EUA operam com perdas. Dow 30 recua 0,5%, mesmo patamar de perdas do S&P 500, enquanto o Nasdaq cai 0,2%. DAX avançou 0,5% em meio ao aumento de confiança divulgado mais cedo, CAC 40 subiu 0,1% e o FTSE 100 perdeu 0,3%.
No Brasil, a expectativa é pela divulgação da ata do Copom amanhã, que deverá conter de forma mais clara quais são as expectativas dos diretores em relação ao futuro da economia e da taxa de juros do país. Na semana passada, o Banco Central decidiu manter a Selic em 14,25% e indicar que não há espaço para cortar juros sem que a inflação de 2017 convirja para a meta de 4,5%. Atualmente o mercado prevê inflação acima de 5% para o próximo ano.
Na Bovespa, a Petrobras (SA:PETR4) sustenta alta de 0,5% em um dia volátil com a queda do petróleo e o mercado repercutindo os comunicados da empresa na sexta-feira. Em reunião do conselho, a companhia decidiu mudar a estratégia de venda da BR e oferecerá o controle a um sócio privado, enquanto a Petrobras mantém 49% de participação. A petroleira também informou a venda da unidade no Chile por US$ 464 milhões e a continuidade nas obras de finalização da Refinaria Abreu e Lima e de uma parte da primeira fase do Comperj.
A Vale (SA:VALE5) avança 0,6% em um dia positivo para o minério de ferro na China, que ganhou quase 2% e se aproximou dos US$ 57/t. A Bradespar (SA:BRAP4) sobe 0,2%.
A CSN (SA:CSNA3) valoriza avança 1,5% em um dia positivo para a siderurgia. A Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) sobe 1,1%, seguida por Usiminas (SA:USIM5) (+0,7%) e Gerdau (SA:GGBR4) (+0,6%).
O Banco do Brasil (SA:BBAS3) acumula ganhos de 2,4% após ter a recomendação para suas ações elevada pelo Deutsche Bank. Os demais bancos privados, contudo, operam com perdas, liderados pelo Santander (SA:SANB11) com -1,1%, seguido por Itausa (SA:ITSA4) (-1%), Itaú Unibanco (SA:ITUB4) (-0,7%) e Bradesco (SA:BBDC4) (-0,6%).
A Hypermarcas (SA:HYPE3) opera com ganhos de 1,2% após divulgar alta de 59% em seu lucro, que alcançou R$ 176,4 milhões. O volume foi ampliado com o acordo com o ex-executivo, Nelson Mello, que devolveu R$ 26,7 milhões após confessar em delação premiada repasse de propina para senadores para garantir benefícios à empresa. O caixa da Hypermarcas fechou o trimestre em R$ 1,8 bilhão, R$ 920 milhões a menos do que em dezembro. Segundo a empresa, a redução foi provocada pelo pré-pagamento de dívidas.
A Fibria (SA:FIBR3) cai 0,9% após informar lucro de R$ 745 milhões no trimestre encerrado em junho, alta de 21%. A empresa traçou um cenário mais positivo para a cotação da celulose, que sofre com a expectativa de menor crescimento.
Dólar
A moeda sobe 1% frente ao real, acompanhando a valorização internacional da divisa. O dólar é negociado a R$ 3,29.