👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Bovespa cai 2% pressionada por situação fiscal e cenário externo

Publicado 23.09.2015, 17:53
Bovespa cai 2% pressionada por situação fiscal e cenário externo
USD/BRL
-
IBOV
-
ITSA4
-
USIM5
-
GGB
-

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou em queda pelo quarto pregão seguido nesta quarta-feira e com o seu principal índice abaixo dos 46 mil pontos, tendo como pano de fundo o cenário externo desfavorável e persistentes preocupações com a situação fiscal do país.

O Ibovespa caiu 2 por cento, a 45.340 pontos, menor patamar em quase um mês. Apenas nos últimas quatro pregões, o índice de referência do mercado acumulou queda de 6,6 por cento. O giro financeiro somou 7 bilhões de reais.

Wall Street também fechou no vermelho, embora longe das mínimas do dia, com dados industriais fracos da China e Estados Unidos, que afetaram mercados emergentes em geral, com o índice MSCI caindo mais de 2 por cento.

O declínio das commodities foi mais um fator de pressão para o Ibovespa, com o índice da Thomson Reuters para tais produtos revertendo os ganhos da primeira etapa do dia e recuando 1,25 por cento.

No front doméstico, o Congresso Nacional manteve, em sessão que se estendeu pela madrugada desta quarta-feira, boa parte dos vetos presidenciais a medidas com potencial impacto nas contas públicas, mas adiou dois dos temas mais polêmicos, entre eles reajuste para o Judiciário.

O gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management, disse que permanecem os temores com a situação fiscal e o risco de novo rebaixamento da nota de crédito soberana. "Se os vetos fossem derrubados seria o caos, mas a manutenção não muda o panorama."

As expectativas acerca da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que recria a CPMF e da reforma ministerial, bem como a missão da Fitch Ratings no país, também seguiram endossando cautela no mercado brasileiro.

Para a equipe de estratégia da Itaú (SA:ITSA4) Corretora, as ações não estão baratas como parecem e é muito cedo para comprar papéis brasileiros. No ano, o Ibovespa acumula queda de 9,33 por cento em reais e de 42 por cento em dólar.

Em relatório a clientes, o estrategista da corretora Lucas Tambellini disse discordar do senso comum de que revisões de ratings para cima ou para baixo criam oportunidades de compra ou venda de ações, por serem considerados indicadores defasados.

Para ele, a Standard & Poor's, que retirou o grau de investimento do Brasil na segunda semana de setembro, "está, na verdade, à frente do que está por vir".

DESTAQUES

=ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO caíram 3,97 e 3,39 por cento, respectivamente, respondendo pela principal pressão negativa no Ibovespa, com dados de crédito no mercado brasileiro também no radar dos investidores. "Nossa visão é negativa em relação aos bancos privados, dado que o aumento de 20 pontos básicos nas provisões sobre carteira indica que mais despesas por provisões serão feitas no terceiro trimestre", disse o Credit Suisse em nota a clientes comentando os números.

=PETROBRAS reverteu os ganhos da manhã e encerrou com as preferenciais em queda de 2,15 por cento, renovando mínima desde junho de 2004, conforme os preços do petróleo no exterior passaram a cair e o dólar avançou ante o real, encostando em 4,15 reais. A estatal também informou no final da manhã que um incêndio paralisou nesta quarta-feira as atividades no terminal portuário da cidade de Madre de Deus, na região metropolitana de Salvador (BA).

=VALE encerrou o dia com recuo de 2,80 por cento nas preferenciais de classe A, diante do noticiário chinês desfavorável, com dados fracos da atividade industrial e declínio dos preços à vista do minério de ferro na China.

=CSN desabou 20,5 por cento, em dia de realização de lucros no setor siderúrgico no Ibovespa. Até a véspera, o papel acumulava em setembro alta de mais de 45 por cento. USIMINAS (SA:USIM5), que contabilizava no mês até terça-feira ganho superior a 30 por cento, fechou em baixa de 15,35 por cento. GERDAU (SA:GGBR4), que somava uma valorização de 17 por cento, encerrou com declínio de 3,59 por cento.

=JBS fechou em alta de 3,72 por cento, amparada na forte alta do dólar ante o real que também beneficiou BRASKEM, que subiu 3,82 por cento, e as fabricantes de celulose FIBRIA e SUZANO, com ganhos respectivos de 1,85 e 0,78 por cento.

=KROTON EDUCACIONAL subiu 1,83 por cento, em dia de alta do setor de educação como um todo, recuperando-se de fortes perdas na véspera em meio à notícia sobre possível CPI do programa de financiamento ao ensino do governo federal, o Fies.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.