Bovespa fecha em queda de 0,7% com fraqueza externa e amplo noticiário corporativo

Publicado 26.02.2016, 18:50
Atualizado 26.02.2016, 19:00
© Reuters.  Bovespa fecha em queda de 0,7% com fraqueza externa e amplo noticiário corporativo

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou com o seu principal índice em queda nesta sexta-feira pelo quarto pregão seguido, com as ações da companhia de alimentos BRF (SA:BRFS3) desabando 7,7 por cento após mudanças na estrutura de gestão.

O enfraquecimento dos pregões em Wall Street e dos preços do petróleo corroboraram as perdas locais, em sessão marcada por volumoso noticiário corporativo.

O Ibovespa caiu 0,7 por cento, a 41.593 pontos.

O volume financeiro somou apenas 4,77 bilhões de reais, abaixo da média diária do mês, de 6 bilhões de reais, e do ano, de 5,6 bilhões de reais.

Na semana, o índice de referência do mercado acionário acumulou variação positiva de 0,12 por cento.

DESTAQUES

- BRF recuou 7,68 por cento, em meio à preocupação com anúncio de mudanças na estrutura organizacional, enquanto o resultado trimestral trouxe números fortes, exceto nas operações brasileiras.

- JBS recuou 3,54 por cento, também pesando no Ibovespa, em sessão de queda em papéis de companhia de proteínas na Bovespa. MARFRIG (SA:MRFG3) perdeu 4,17 por cento e MINERVA, que não está no Ibovespa, caiu 5,33 por cento.

- OI recuou 7,98 por cento, devolvendo os ganhos do começo do dia, quando o papel chegou a saltar 9,8 por cento em meio à reportagem jornal Folha de S.Paulo sobre interesse dos fundos norte-americanos Cerberus e Elliot na operadora.

- CIA HERING caiu 5,84 por cento, conforme analistas avaliaram negativamente os números da varejista no último trimestre de 2015 e estimam que os resultados devem permanecer sob pressão no curto prazo.

- EMBRAER (SA:EMBR3) perdeu 1,62 por cento, após pedido de recuperação judicial pela companhia aérea Republic Airways, importante cliente da fabricante brasileira de jatos.

- CCR cedeu 1,68 por cento, após o balanço dos últimos meses de 2015 mostrar queda no lucro, afetado por menor tráfego em estradas que administra e maior custo do serviço da dívida. O Itaú BBA cortou sua recomendação para o papel para "market perform".

- PETROBRAS fechou com as ações preferenciais em baixa de 0,41 por cento e os papéis ordinários em queda de 1,29 por cento, na esteira do enfraquecimento dos preços do petróleo.

- VALE encerrou com as ações preferenciais de classe A em queda de 0,86 por cento e os papéis ordinários cedendo 0,18 por cento, tendo como pano de fundo o desempenho positivo de mineradoras em outros mercados, mas leve queda dos preços do minério de ferro na China.

- RUMO ALL avançou 4,93 por cento, melhor desempenho do Ibovespa, após a companhia de logística ferroviária divulgar que reduziu seu prejuízo no quarto trimestre e que prevê um 2016 positivo, com maior safra de grãos e aumento das exportações.

- KROTON (SA:KROT3) subiu 3,84 por cento, ajudando a atenuar as perdas do Ibovespa. Em relatório, o Bradesco (SA:BBDC4) BBI destacou que a empresa de ensino deve apresentar os melhores resultados do setor no quarto trimestre, principalmente pelo controle de custos rigorosos em vez de forte crescimento de receitas. A empresa divulga os números no dia 15 de março.

- GOL, que não está no Ibovespa, saltou 15,43 por cento, em meio a reportagem do jornal Folha de S.Paulo de que o governo anunciará nas próximas semanas proposta para elevar o limite da fatia de capital estrangeiro nas aéreas, bem como o anúncio de acordo com SMILES para venda antecipada de até R$1 bilhão em passagens. Smiles (SA:SMLE3) reverteu a alta após a notícia e fechou em baixa de 3,45 por cento.

(Por Paula Arend Laier)

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