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Bovespa recua com cautela diante de cenário externo de mais aversão a risco

Publicado 09.08.2017, 12:35
Atualizado 09.08.2017, 12:40
© Reuters.  Bovespa recua com cautela diante de cenário externo de mais aversão a risco
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SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista operava em baixa nesta quarta-feira, diante de um cenário externo de mais aversão a risco devido ao aumento das tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Coreia do Norte.

Às 12:29, o Ibovespa caía 0,64 por cento, a 67.463 pontos. O giro financeiro era de 2,43 bilhões de reais.

Na véspera, o presidente norte-americano, Donald Trump, alertou a Coreia do Norte que o país será atingido por "fogo e fúria" caso ameace os EUA, levando Pyongyang a dizer que está considerando disparar mísseis contra a ilha de Guam, território dos Estados Unidos no Pacífico.

"As tensões geopolíticas foram intensificadas e os mercados de risco capturam isso na sessão de hoje... No Brasil, há espaço para novas realizações de lucros recentes, até por conta de agregarmos outros problemas como aumento de impostos e reformas insuficientes", escreveu o economista-chefe da corretora ModalMais, Alvaro Bandeira.

No front local, além da expectativa por novidades em relação ao avanço da agenda de reformas do governo, o mercado tem no radar ainda os dados de inflação, que mostraram alta de 0,24 por cento do IPCA em julho, acumulando alta de 2,71 por cento em 12 meses. Os números ficaram acima do esperado por economias em pesquisa Reuters, de alta de 0,19 por cento no mês e de 2,66 por cento em 12 meses.

DESTAQUES

- JBS ON (SA:JBSS3) caía 2,69 por cento, no pior desempenho do Ibovespa, em movimento de ajuste após uma sequência de sete pregões em que acumulou alta de 11,47 por cento. Apenas na terça-feira, o papel subiu 7,55 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) caía 1,08 por cento e BRADESCO PN (SA:BBDC4) perdia 0,85 por cento, em sessão negativa para o setor bancário como um todo, enquanto o SANTANDER UNIT (SA:SANB11) recuava O,77 por cento e BANCO DO BRASIL ON (SA:BBAS3) caía 1,98 por cento.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) rondava a estabilidade, com variação positiva de 0,15 por cento, enquanto PETROBRAS ON (SA:PETR3) recuava 0,22 por cento, em sessão sem rumo claro para os preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE PNA (SA:VALE5) recuava 0,77 por cento, enquanto VALE ON (SA:VALE3) caía 0,47 por cento, apesar dos ganhos dos contratos futuros do minério de ferro na China.

- GERDAU PN (SA:GGBR4) caía 0,44 por cento, após subir 0,7 por cento na máxima e cair 0,87 por cento na mínima da sessão até agora, conforme investidores digeriam os resultados do segundo trimestre da empresa, que mostrou lucro líquido consolidado ajustado de 147 milhões de reais, queda de 20 por cento ante um ano antes. Analistas do UBS destacaram que apesar de dados em 2016 e do primeiro semestre deste ano melhores do que o esperado, permanece a cautela sobre a recuperação sustentada do setor, devido a problemas sobre excesso de capacidade globalmente.

- EQUATORIAL ENERGIA ON (SA:EQTL3) subia 3,93 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa, após a empresa divulgar lucro líquido ajustado de 148 milhões de reais no segundo trimestre. A equipe do BTG Pactual (SA:BBTG11) considerou os resultados da empresa fortes e manteve a recomendação de "compra" para as ações.

- GOL PN (SA:GOLL4), que não faz parte do Ibovespa, disparava 7,8 por cento, após a empresa aérea divulgar lucro operacional de recorrente (Ebit) de 37 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo resultado negativo de igual período do ano passado, apoiada na conclusão de processo de reestruturação, que ampliou a utilização de suas aeronaves em cerca de 1 hora no período.

(Por Flavia Bohone)

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