Estratégia de IA sobe +46,45% e faz Nasdaq comer poeira; veja o segredo
Por Ana Mano
SÃO PAULO (Reuters) - A BRF, maior exportadora de frango do mundo, informou nesta quinta-feira que lucrou R$735 milhões (US$136 milhões) no segundo trimestre, apesar dos impactos causados por um surto de gripe aviária em maio, que levou a restrições comerciais.
A empresa, que também processa carne suína e alimentos prontos, disse que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$2,5 bilhões no período, em linha com a média das previsões dos analistas.
A receita líquida totalizou R$15,36 bilhões, um aumento de 2,9% ano a ano, segundo a BRF.
Citando dados oficiais de comércio, executivos da BRF disseram que o surto de gripe aviária fez com que as exportações brasileiras de aves caíssem 15% no trimestre, enquanto as próprias exportações de aves da empresa caíram 5%, indicando que a companhia conseguiu resistir à tempestade.
Em coletiva de imprensa, os executivos observaram que a BRF redirecionou alguns produtos de frango para o mercado interno ou encontrou destinos alternativos para certos cortes após múltiplos embargos comerciais relacionados à gripe aviária.
A China, um destino importante de exportação, permanece fechada para produtos avícolas brasileiros após o surto, que já foi controlado pelo governo.
A Arábia Saudita, por sua vez, vai retomar as compras de aves do Brasil, disseram executivos da BRF a jornalistas, citando comunicações oficiais do governo.
O volume de vendas da BRF cresceu cerca de 6% no mercado interno, um recorde para um segundo trimestre, impulsionado por alimentos processados. O Ebitda da operação no Brasil alcançou R$1,3 bilhão e as margens foram saudáveis, de 16,4%, disse a BRF.
Nos mercados internacionais, a BRF afirmou que conseguiu manter "níveis de preços competitivos", registrando um Ebitda ajustado de R$1,2 bilhão para o negócio e uma margem de 17,3%.
No segundo trimestre, a BRF disse que conquistou 11 novas habilitações de exportação, destacando mercados importantes como a Argentina e o Canadá.
De acordo com a BRF, este representou "o melhor primeiro semestre de toda a sua história", com Ebitda de R$5,3 bilhões e lucro líquido de R$1,9 bilhão entre os meses de janeiro a junho.