SÃO PAULO (Reuters) - A administradora de shopping centers brMalls (SA:BRML3) divulgou na noite de quinta-feira lucro líquido ajustado de 148,91 milhões de reais, alta de 17,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, em resultado ajudado por crescimento de receitas e redução em provisões com perdas de inadimplência e tributárias.
Projeções compiladas pela Refinitiv apontavam lucro de 147,19 milhões de reais no período.
A receita líquida cresceu 9%, para 329,67 milhões de reais, enquanto as despesas de PDD recuaram 32,9%. A brMalls também divulgou queda de 23,9% na linha de provisão para IR/CSLL devido ao pagamento de juros sobre capital próprio dedutível.
O aluguel mesmas lojas (SSR) da companhia cresceu 9,9% no período na comparação ano a ano, com a brMalls atribuindo a aceleração do indicador ao desempenho do cinema e aumento do IGP-M no período, além de melhores condições de negociação de renovação dos contratos.
A inadimplência líquida apresentou redução de 0,8 ponto, para 0,9%, melhor nível apresentado em um segundo trimestre nos últimos 9 anos, segundo a empresa. A taxa de ocupação média dos ativos da brMalls aumentou em 0,2 ponto, a 96,3%.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado avançou também 9%, para 242,68 milhões de reais. Pesquisa Refinitiv apontava Ebitda de 234,46 milhões de reais. Já margem Ebitda ajustada permaneceu em 73,6%.
A companhia investiu um total de 150,4 milhões no segundo trimestre, alocados principalmente na aquisição de participação adicional de 15% no Shopping Del Rey e em revitalizações e manutenção.
A brMalls encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de 1,8 bilhão de reais, o que representa aumento de 6,5% ante o final do primeiro trimestre, embora o indicador de alavancagem dívida líquida/Ebitda ajustado 12 meses tenha permanecido em 1,9 vez.
A companhia encerrou o segundo trimestre com uma posição de caixa de 947,0 milhões de reais, redução de 29,3% frente ao mesmo período do ano passado.
(Por Paula Arend Laier)