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Calendário Econômico - Fique por dentro dos assuntos relevantes da semana

Publicado 06.12.2020, 09:35
Atualizado 06.12.2020, 13:31
© Reuters.
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Por Noreen Burke e Leandro Manzoni

Investing.com - Esperanças renovadas de estímulo econômico e o início do lançamento da vacina devem ser o principal foco dos mercados financeiros nesta semana. A pressão está aumentando em Washington para ajudar as pessoas e empresas duramente atingidas pela pandemia, com a economia sofrendo sua pior recessão em décadas.

Os principais índices de Wall Street saltaram para máximas históricos na sexta-feira, mas pode haver mais volatilidade na loja à medida que novas restrições para conter a propagação da Covid-19 entrem em vigor. Situação semelhante ao do Ibovespa, que atingiu ao nível pré-pandemia e está prestes a zerar as perdas do ano, mas o repique do contágio de Covid-19 pelo país, com crescente internações e ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pode adicionar incertezas quanto à recuperação da economia brasileira no fim de 2020 e início do ano que vem.

Na Europa, as longas negociações do Brexit estão entrando em seus estágios finais e o Banco Central Europeu provavelmente anunciará outra expansão de estímulo na quinta-feira, já que a pandemia continua devastando a economia da área do euro.

Aqui está o que você precisa saber para começar sua semana.

1. Conversas de estímulo ganham impulso em Washington

Dados na sexta-feira mostrando o menor ritmo de crescimento do emprego em seis meses nos EUA reforçou as expectativas dos investidores quanto a um novo projeto de estímulo fiscal para ajudar a reanimar a economia americana. Mais de 13 milhões de pessoas perderão o seguro-desemprego em 26 de dezembro sem uma ação rápida do Congresso.

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Um plano de ajuda ao coronavírus de US$ 908 bilhões ganhou impulso no Congresso na sexta-feira, após um impasse de meses entre republicanos e democratas sobre o tamanho do pacote potencial.

Mas ainda não está claro se o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, concordaria com um pacote tão grande depois de pressionar para manter os gastos com ajuda humanitária perto de US$ 500 bilhões.

Os dois partidos também enfrentam um prazo até 11 de dezembro para aprovar um orçamento de US$ 1,4 trilhão ou arriscar um fechamento do governo. Analistas políticos disseram que os dois eventos podem estar ligados, mas o Congresso também pode aprovar uma resolução de gastos sem incluir estímulos.

2. Início da vacinação contra Covid-19

O Reino Unido está se preparando para se tornar o primeiro país a imunizar sua população com a vacina desenvolvida pela Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) e BioNTech (NASDAQ:BNTX) esta semana, conforme governos em todo o mundo entram em um nova etapa no combate à pandemia.

As primeiras doses estão programadas para serem administradas na terça-feira, com prioridade máxima sendo dada aos maiores de 80 anos, profissionais de saúde da linha de frente e funcionários de lares e residentes.

A Grã-Bretanha deu aprovação de uso emergencial para a vacina Pfizer/BioNTech na semana passada - avançando na corrida global para iniciar o programa de inoculação em massa mais crucial da história.

Nos EUA, a Food and Drug Administration deve votar a autorização de uso de emergência para a vacina Pfizer/BioNTech na quinta-feira e as vacinações iniciais podem começar na sexta-feira com a esperança de atingir cerca de 20 milhões de pessoas até o final do ano.

3. Potencial volatilidade do mercado de ações

Os três principais índices de Wall Street atingiram máximas recordes na sexta-feira, em meio às expectativas de que o relatório de emprego desanimador dos EUA poderia estimular os legisladores a pressionar mais por estímulos. O Ibovespa seguiu os índices de Nova York e fechou com alta de 1,3% a 113.750 pontos, mirando os 114 mil e buscando zerar as perdas do ano, atualmente marcado baixa acumulada de 1,64% em 2020.

Atualizações positivas de vacinas também aliviaram as preocupações dos investidores em torno de dados econômicos sombrios e um aumento maciço de infecções. Mas enquanto uma vacina está a caminho, as restrições permanecerão em vigor até que uma massa crítica da população seja inoculada, o que pode levar vários meses.

Os investidores estarão monitorando de perto os desenvolvimentos políticos em Washington e a logística do lançamento da vacina, bem como o impacto econômico conforme os bloqueios retornem. Na Califórnia, a área da Baía de São Francisco entrará em bloqueio na noite de domingo em meio a um aumento recorde de casos de Covid-19 que ameaçam sobrecarregar hospitais.

No Brasil, a situação não é diferente. Depois de atingir um pico no final de julho, com quase 70.000 casos novos e mais de 1.500 óbitos em um único dia, a Covid-19 parecia estar sendo controlada ao cair para o patamar de 20 mil casos e 425 mortes por dia no final de outubro. Na semana passada, no entanto, o número de casos novos por dia chegou a 34 mil e as mortes ficaram em 510 por dia na média, destacando o repique do surto.

LEIA MAIS: Com aumento de casos entre jovens, festas do fim de ano podem provocar explosão de Covid-19

Em São Paulo, que concentra a maioria dos casos no país, o percentual de jovens de 20 a 29 anos no total de casos de Covid-19 cresceu 25,7% em novembro na comparação com junho, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde levantados pela GloboNews. Hospitais da cidade também apontaram uma redução na média de idade das pessoas internadas devido à doença.

Apesar disso, nas maiores cidades do país as ruas estão cada vez mais próximas da normalidade, com restaurantes e lojas cheios de pessoas muitas vezes sem máscara. Com o aumento de casos e a alta na ocupação de leitos de UTI, autoridades de alguns Estados voltaram a impor medidas para reduzir a circulação de pessoas, incluindo toques de recolher noturnos anunciados esta semana no Paraná e em Santa Catarina e um recuo de fase no plano de reabertura em São Paulo. No Rio de Janeiro, o aumento de casos "já está provocando grande estresse no sistema de assistência à saúde", de acordo com nota técnica de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

4. Negociações do Brexit próximas do fim

Negociadores do Reino Unido e da União Europeia estavam em negociações de última hora no domingo com o objetivo de chegar a um acordo comercial pós-Brexit antes que um acordo de transição termine em 31 de dezembro.

Se eles não conseguirem chegar a um acordo, um divórcio de cinco anos do Brexit terminará confuso, assim como a Grã-Bretanha e seus ex-parceiros da UE enfrentam o custo econômico da pandemia do coronavírus.

Especialistas alertaram que um cenário de não acordo causaria uma enorme perturbação de longo prazo para a economia britânica. A UE é o maior parceiro comercial da Grã-Bretanha, respondendo por 47% do seu comércio em 2019.

Uma não-negociação chegaria a libras esterlina e também poderia eliminar 2% a mais da produção econômica britânica em 2021, de acordo com o Escritório de Responsabilidade Orçamentária da Grã-Bretanha, ao mesmo tempo em que aumentava a inflação.

5. BCE anuncia nova expansão de estímulo e Copom deve manter taxa Selic em 2%

Com a zona do euro voltando à recessão no quarto trimestre, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, deve anunciar outra expansão de seu pacote de estímulo em quinta-feira.

A inflação da zona do euro permaneceu em território negativo pelo quarto mês consecutivo em novembro, reforçando as preocupações de que a queda nos preços possa ser mais persistente do que se temia.

A inflação deve ser a principal discussão na reunião de quinta-feira, já que os formuladores de políticas estão cada vez mais preocupados com o fato de que uma recessão profunda e longa torne as forças deflacionárias mais permanentes.

Um dia antes, o Banco Central do Brasil vai divulgar a manutenção, pela terceira vez da taxa Selic em 2% ao ano. Os investidores estarão atentos a possíveis mudanças no comunicado e a sinalizações de conduta futura - sob o forward guidance - do Copom nas próximas reuniões.

A decisão da taxa de juros da Selic ocorre um dia após a divulgação do IPCA de novembro, com a expectativa de uma leve desaceleração para 0,83% em relação a outubro, quando subiu 0,86%. Em termos anualizados, a expectativa é que o IPCA de novembro fique em 3,90%, também marcando uma leve desaceleração de 3,92% do mês anterior.

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A semana terá também divulgação da produção e vendas de veículos de novembro pela Anfavea. Na quinta-feira, será a vez da vendas no varejo de outubro, enquanto na sexta-feira serão conhecidos o volume de setor de serviços de outubro.

- Com informações de Reuters

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