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Coalizão Indústria diz que "mercado" vai ditar eventual repasse de IPI menor aos preços

Publicado 07.03.2022, 12:10
Atualizado 07.03.2022, 15:35
© Reuters. Funcionários trabalham em fábrica de ovos de Páscoa
26/02/2015
REUTERS/Paulo Whitaker
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SÃO PAULO (Reuters) - Setores industriais do país reunidos em uma coalizão de interesses se reuniram nesta segunda-feira para debater eventuais efeitos da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e afirmaram em entrevista à imprensa que eventuais repasses aos consumidores da redução de 25% do IPI, decidida recentemente pelo governo federal, serão decididos em função do mercado.

O governo federal anunciou no final de fevereiro redução de 25% do IPI em praticamente todos os produtos industrializados em uma estratégia que vai gerar renúncia fiscal de 20 bilhões de reais (incluindo por Estados e municípios) e que foi anunciada em ano eleitoral. A expectativa oficial é que a redução do imposto ajude a conter a inflação e dê um impulso à indústria.

"A princípio, esse IPI era para cair 50% e tomou-se a decisão de 25%. Vamos continuar ainda com essa discussão de queda do IPI", disse o presidente da associação da indústria de produtos plásticos Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho, que participou de evento da Coalizão Indústria. O grupo reúne 14 entidades do setor industrial de segmentos que incluem além do plástico, aço, construção, eletroeletrônica, máquinas, veículos e fármacos.

"O IPI tende a ser repassado quase todo, até porque nos setores onde têm concorrência e onde você tem uma demanda que é incerta, é lógico que a empresa vai sair na frente para repassar o IPI se não ela vai perder mercado", acrescentou Roriz.

"A própria concorrência vai pressionar para que venha o mais rápido possível esse repasse para o consumidor final", disse ele.

Representantes dos setores presentes na reunião evitaram mencionar eventuais percentuais de repasse da redução do IPI sobre seus produtos. Segundo eles, essa é uma dinâmica que será definida pelo mercado.

De acordo com o presidente-executivo do Aço Brasil, que reúne produtores de aço, Marco Polo Lopes, "repasse é mercado...Mercado é mercado, quem define as condições é o próprio mercado. O momento para isso (repasse da redução do IPI) depende de cada segmento, não dá para fazer uma previsão".

AÇO E EUA

Lopes também afirmou durante o evento que a guerra na Ucrânia pode facilitar o pleito brasileiro de eliminar algumas quotas de exportação de aço para os Estados Unidos. Segundo ele, discussões já estão em curso e devem se seguir a uma nova missão do governo e do setor siderúrgico para Washington.

"O pleito que já temos definido com o governo brasileiro é de exclusão das cotas de exportações de semiacabados para os EUA", disse o presidente do Aço Brasil. "Se não houver essa possibilidade, o pleito é de aumento da cota."

A Rússia exportou em 2018, quando as cotas de exportações de aço foram definidas pelos EUA, cerca de 2 milhões de toneladas de aço para o país, segundo maior fornecedor de placas depois do Brasil, disse Lopes.

© Reuters. Funcionários trabalham em fábrica de ovos de Páscoa
26/02/2015
REUTERS/Paulo Whitaker

O executivo comentou ainda que o setor siderúrgico já está buscando alternativas de fornecimento de carvão siderúrgico, que foi impactado pelas sanções à Rússia, e citou que a Austrália é uma opção. "Entendemos que no curto prazo não vai ter nenhum tipo de problema relacionado à produção."

Sobre as projeções para a economia nacional neste ano, Lopes afirmou que as estimativas da cadeia do aço, e dos outros setores, de crescimento econômico, estão "mantidas apesar das incertezas" que o cenário da guerra na Ucrânia trouxe, incluindo a manutenção da elevação de preços de commodities.

(Por Alberto Alerigi Jr.; edição de André Romani)

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