Investing.com - Após anunciar que a autoridade antitruste da Europa aprovou a fusão com a Fibria (SA:FIBR3), as ações da Suzano (SA:SUZB3) aceleraram os ganhos e passaram a ser negociadas com alta de 2,34% nesta quinta-feira (29), a R$ 37,60, sendo que o avanço chegou a superar o patamar dos 3%.
A companhia informou, em fato relevante, que a operação foi aprovada, liberando a combinação de seus negócios e bases acionárias, nos termos do protocolo e justificação de incorporação aprovado em Assembleias Gerais Extraordinárias das companhias no dia 13 de setembro. Com isso, irá acontecer o encerramento antecipado do contrato para fornecimento de celulose de fibra curta celebrado entre Fibria e Klabin (SA:KLBN11).
Na terça-feira, o BTG Pactual (SA:BPAC11) divulgou relatório destacando que os ativos estão profundamente subvalorizados nos níveis atuais, informando que esperam que a aprovação do acordo seja o próximo catalisador.
Para a equipe, as ações são negociadas perto de quatro vezes o EBITDA (excluindo sinergias), e o FCF rende perto de 18%. Eles acreditam que os investidores estão pagando perto de 0 valor por sinergias, o que acreditam que poderia valer pelo menos cerca de R$ 10 por ação.
Em relatório enviado a clientes nesta terça-feira a equipe do banco mais uma vez se mostra satisfeita em ver a resiliência da indústria de celulose, com fortes números de embarques reportados pelo PPPC em outubro. Isso mesmo em meio a uma intensa deterioração da confiança nas últimas duas semanas, reconhecendo que a demanda na China tem diminuído, não há nada de alarmante na opinião da equipe.
Para o BTG, mesmo assumindo uma correção de preço de 10%, o FCF permanece sólido, destacando que no último roadshow, vários investidores pediram para realizar uma análise de sensibilidade, considerando uma queda significativa nos preços de celulose.