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Com metro quadrado mais caro do país, mercado imobiliário do Rio recorre a promoções para desovar estoques

Publicado 22.10.2015, 18:16
Com metro quadrado mais caro do país, mercado imobiliário do Rio recorre a promoções para desovar estoques

Por Juliana Schincariol

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O mercado imobiliário do Rio de Janeiro é um dos que mais sofre os efeitos da queda da confiança na economia e empresas do setor estão recorrendo cada vez mais a promoções diante de estoque que está fazendo construtoras adiarem lançamentos.

Os preços dos imóveis, que chegaram a subir 35 por cento em 2011 e 15 por cento em 2012, têm queda de 0,41 por cento no acumulado de 2015 até setembro, de acordo com dados mais recentes do índice FipeZap.

"Nos últimos meses, a trajetória de queda vem se acentuando", disse o coordenador da pesquisa FipeZap, Eduardo Zylberstajn. Ele mencionou que o recuo se estende para cidades do entorno da capital fluminense, como Niterói, que registra a maior baixa entre as cidades pesquisadas, de 2,7 por cento em 2015.

O índice FipeZap Ampliado, que faz o levantamento de preços de imóveis em 20 localidades do país, tem alta de 1,38 por cento nos nove meses de 2015.

A menor demanda para compra no Rio de Janeiro levou proprietários a disponibilizarem apartamentos para locação, o que gerou aumento de oferta e queda no valor dos aluguéis, de 6,06 por cento no ano, segundo o FipeZap.

Os problemas do setor imobiliário carioca não são exclusivos do Rio de Janeiro, mas a situação na cidade se agravou com demissões da Petrobras (SA:PETR4) e a crise no setor de óleo e gás, que tem grande participação na economia da capital, segundo especialistas do mercado.

"O Rio se beneficiou muito na época do boom imobiliário, então é muito razoável que passe por contração mais acentuada", afirmou Zylberstajn.

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A cidade ainda exibe o preço médio por metro quadrado para venda mais caro do Brasil, de 10.538 reais, segundo o FipeZap, ante 8.614 reais em São Paulo. Em bairros como Leblon e Ipanema, o valor médio por metro quadrado chega a 23 mil e 20.500 reais, respectivamente.

Mas com o mercado em baixa, corretores de imóveis e construtoras tentam convencer clientes de que o momento é bom para compra.

"No momento de hoje, quem tem capacidade financeira vai comprar um imóvel em condições extramente favoráveis, em alguns casos abaixo do preço de custo", disse o vice-presidente de operações no Rio de Janeiro da BR Brokers, Bruno Serpa Pinto.

A empresa realizará no final de semana ação promocional no Rio de Janeiro e Niterói, com a participação de 16 incorporadoras e mais de 70 empreendimentos residenciais e comerciais na capital e interior, sendo cerca de 27 mil imóveis novos e usados apenas na capital.

Além de redução de preços nos imóveis, o evento que tem campanha publicitária no horário nobre da televisão, vai oferecer descontos em materiais de construção e móveis planejados. É a primeira vez que a BR Brokers realiza uma campanha promocional semelhante a um "feirão de imóveis". Até agora, a empresa tinha realizado ações pontuais nas imobiliárias.

"A gente tem a expectativa de fazer negócios de 50 milhões de reais no Rio de Janeiro e algo como 20 milhões em Niterói", disse o executivo, mencionando os resultados esperados com a promoção. No segundo trimestre, a empresa apurou queda de 26 por cento nas vendas contratadas sobre um ano antes, a 2,2 bilhões de reais.

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Também afetada pela crise do setor, a construtora de alto padrão Rubi Engenharia, que atua há três décadas no Rio de Janeiro, preferiu adiar para 2016 dois projetos residenciais inicialmente previstos para o segundo semestre deste ano.

Além disso, edifício comercial lançado em maio pela empresa no Meier, bairro que segundo a diretora da Ruby Ana Carolina não teve lançamento comercial nos últimos 10 anos, ainda tem 50 por cento das unidades sem comprador.

"Três anos atrás teria sido vendido em um final de semana. Esta é a nova realidade do mercado", disse a diretora. Ela acrescentou que a empresa está optando por fazer financiamento direto com clientes e aceitando imóvel já quitado como parte de pagamento em alguns empreendimentos, como no caso de um condomínio de casas lançado em 2012 e que ainda não foi totalmente vendido.

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