Investing.com - Após registrar resultado fraco no primeiro trimestre do ano-safra, as ações da Camil Alimentos (SA:CAML3) são negociadas com desvalorização de 1,72% na tarde desta sexta-feira na bolsa paulista, com consequência de um cenário mais competitivo, que afetou os preços e, também, devido aos impactos da greve dos caminhoneiros.
Com isso, a receita líquida da empresa teve queda de 18,0%, ficando em R$ 1 bilhão, como queda de 24,8% para o mercado interno, que representa 70% do faturamento da Camil, contra alta de 3,2% no internacional.
O EBITDA se reduziu em 35,7%, para R$ 82 milhões, apresentando margem EBITDA 2,2 pp menor em relação ao mesmo trimestre do ano passado, em 8,2%. Já o lucro líquido veio menor em 46,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, ou R$ 33 milhões, com a margem líquida recuando 1,7 p.p. para 3,2%. A dívida líquida/Ebdita teve queda de 0,8 p.p. para um 1,4x.
Resultado anterior
Em maio, a Camil divulgou que, no ano fiscal encerrado no dia 28 de fevereiro, registrou lucro líquido de R$ 250,6 milhões, um crescimento de 24% na comparação com o mesmo período anterior.
A companhia reportou também queda nas vendas, decorrente do cenário econômico ainda muito desafiador, com quedas relevantes nos preços de arroz, feijão e açúcar, além de maior concorrência. O EBITDA apresentou redução de 10,5% com margem caindo 0,6 ponto percentual, se comparado ao mesmo período do ano anterior.
A receita líquida da Camil no período atingiu R$ 4,6 bilhões, queda de 5,7% ante os R$ 4,9 bilhões do ano imediatamente anterior. Dona de marcas como União e Coqueiro, Camil Alimentos atua nos mercados de arroz, feijão, açúcar e pescados.
No período, a companhia reduziu a sua alavancagem registrando dívida líquido/EBITDA de 1,2x, pelos recursos vindos do IPO, e alongou o perfil do endividamento. No ciclo 2017/18, a companhia registrou despesas financeiras de R$ 181,1 milhões, queda de 20% na comparação com as despesas de R$ 224,8 milhões da temporada 2016/17.