RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) tem que buscar novas alternativas que vão além da redução de custos internos e renegociação de contratos para conseguir reduzir sua bilionária dívida em meio a uma conjuntura de baixos preços do petróleo, disse nessa sexta-feira o conselheiro Segen Farid Estefen, um dos representantes do governo federal no Conselho de Administração da estatal.
Estefen afirmou que o cenário do mercado de petróleo é altamente "desafiador" e a empresa tem de apostar mais em tecnologia, fontes alternativas de produção de óleo e gás e redução de custos de infraestrutura.
"Devemos buscar mais eficiência, uma redução de custos que não é só reduzir gastos internos e contratos. A Petrobras deve buscar formas de produção diferenciadas, mais econômicas", disse ele em evento no Rio de Janeiro.
Na quinta-feira, a Petrobras anunciou um plano de reestruturação que implicará na redução de cargos gerenciais, extinção de áreas e fusão de departamentos com o objetivo de enfrentar a conjuntura negativa para o setor de óleo e gás.
A economia prevista pela empresa com é de até 1,8 bilhão de reais ao ano.
Em 2015, a Petrobras deu início a um processo de renegociação de contratos com parceiros e fornecedores de algumas áreas. A empresa argumenta que conseguiu obter reduções de custos com essas revisões.
(Por Rodrigo Viga Gaier)