Investing.com - As bolsas europeias avançaram nesta-terça feira. Graças a relatórios sólidos da China e a notícias otimistas em relação ao setor empresarial italiano, o apetite ao risco foi fortalecido.
Próximo do meio-dia no pregão europeu, o Euro Stoxx 50 registrou ganhos de 1,07%, o CAC 40 francês subiu 0,80%, enquanto que o alemão DAX 30 saltou 0,86%.
Os dados divulgados durante a noite pela China foram melhores do que o esperado, fortalecendo o otimismo em relação à força econômica da segunda maior economia mundial.
As vendas no varejo em novembro aumentaram 10,8%, superando a expectativa geral de uma alta de 10,1%, enquanto que a produção industrial da China, também de novembro, cresceu 6,2%, acima das previsões de um valor inalterado de 6,1%.
Na Europa, a confiança no mercado alemã da ZEW não atingiu as expectativas em dezembro, mas a melhora do indicador das condições atuais, no maior nível desde setembro de 2015, conseguiu deixar o quadro geral positivo.
A confiança no mercado para a zona do euro também subiu para 18,1, superando as expectativas de crescimento menor, para 16,5.
No Reino Unido, a inflação anual aumentou mais do que o esperado, com o avanço de 1,2% refletindo as pressões nos preços em virtude de uma libra mais fraca.
Quanto às notícias empresariais, a Mediaset (MI:MS) registrou alta de 20% após a empresa de mídia rival, a Vivendi (PA:VIV), revelar que está adquirindo mais ações da emissora italiana, aumentando as especulações de aquisição hostil.
Em relação aos bancos italianos, o Unicredit (MI:CRDI) avançou mais de 7% após anunciar uma emissão de ações no valor de € 13 bilhões (US$ 13,8 bilhões) para reforçar seu balanço patrimonial.
Enquanto isso, os preços do petróleo se estabilizaram nesta terça-feira após os investidores realizarem os lucros devido a um rali intenso na sessão anterior que elevou os preços aos níveis mais altos desde meados de 2015, depois de os grandes produtores fecharem um acordo de corte de produção que visa a restaurar o equilíbrio entre oferta e demanda do mercado global.
As ações relacionadas ao setor de energia registraram altas em sua maior parte, com a TotalSA (PA:TOTF), grande empresa de petróleo e gás francesa, subindo 0,11% e a italiana ENI (MI:ENI) saltando 0,95%, enquanto que a Statoil (OL:STL), concorrente norueguês, caiu 0,32%.
As ações das instituições financeiras apresentaram resultados mistos, com o banco francês BNP Paribas (PA:BNPP) subindo 1,2%, o Societe Generale (PA:SOGN) registrando alta de 1,46%, o banco alemão Commerzbank (DE:CBKG) apresentou aumento de 0,07% e o Deutsche Bank (DE:DBKGn) valorizou 2,61%.
Dentre os bancos periféricos, o Intensa Sanpaolo(MI:ISP) e o Unicredit (MI:CRDI), da Itália, saltaram 1,88% e 7,26%, respectivamente, enquanto que os espanhóis BBVA (MC:BBVA) e Santander(MC:SAN) registraram alta de 1,68% e 1,33%, nesta ordem.
Em Londres, o índice FTSE 100, voltado às empresas de commodities, subiu 0,39%, ficando para trás de parceiros europeus com o enfraquecimento do setor de mineração.
As ações da Glencore (LON:GLEN) caíram 1,27% e as da Anglo American (LON:AAL) registraram queda de 1,24%, enquanto que a BHP Billiton (LON:BLT) e a Rio Tinto (LON:RIO) declinaram 1,61% e 1,52%, respectivamente.
As ações das empresas do setor de energia apresentaram variações tanto para cima quanto para baixo, com a BP (LON:BP) recuando 0,09% e a rival Royal Dutch Shell (LON:RDSa) avançando 0,27%.
As ações de empresas do setor financeiro apresentaram altas. As ações da HSBC Holdings (LON:HSBA) subiram 0,64% e o Royal Bank of Scotland (LON:RBS) registrou alta de 0,56%, enquanto que o Barclays (LON:BARC) e o Lloyds Banking (LON:LLOY) registraram queda de 0,80% e 0,56%, respectivamente.
Nos EUA, os mercados de ações indicaram abertura em alta. O Dow Jones Industrial Average futuro indicou uma alta de 0,36%, o S&P 500 futuro apresentou ganho de 0,28% e o Nasdaq 100 futuro registrou valorização de 0,35%.