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Descolado do exterior, Ibovespa sobe 0,62%, aos 112,5 mil pontos

Publicado 21.09.2022, 05:10
Atualizado 21.09.2022, 05:10
© Reuters Descolado do exterior, Ibovespa sobe 0,62%, aos 112,5 mil pontos

O Ibovespa recuperou e sustentou a linha dos 112 mil à revelia do exterior negativo, embora tenha chegado a perder fôlego à tarde em paralelo à piora em Nova York, amenizada em direção ao fechamento. Na máxima desta terça-feira, 20, o índice da B3 (BVMF:B3SA3) foi a 112.543,88 pontos, e encerrou ali perto, aos 112.516,91 pontos, em alta de 0,62%, saindo de mínima a 111.393,16 e de abertura a 111.823,60. O giro foi de R$ 26,7 bilhões. Na semana, o Ibovespa sobe 2,96%, com ganho no mês a 2,73% e, no ano, a 7,34%.

Nesta terça-feira, dados de inflação ao produtor na Alemanha, em nível recorde de 45,8% ao ano em agosto - bem acima do consenso para o mês, de 37,9% -, também trazendo o maior avanço na margem observado na série histórica (+7,9%), contribuíram para a aversão a risco observada ainda cedo, nos mercados europeus.

Em outro desdobramento que reflete o peso da inflação em um contexto de crise energética no velho continente, o BC sueco surpreendeu hoje ao elevar em 100 pontos-base a taxa de juros do país, a 1,75% ao ano - a expectativa era por um aumento de 75 pontos-base. Além dos BCs americano e brasileiro, amanhã, a semana traz ainda a decisão do Banco da Inglaterra, na quinta-feira.

Nos Estados Unidos, foco da atenção global na quarta-feira, "a postura dos dirigentes do Fed está inclinada ao 'higher for longer' - mais juros por mais tempo. A decisão de elevar a taxa em 75 pontos-base corre o risco de soar leniente, a depender da interpretação do comunicado e dos comentários de (Jerome) Powell (presidente do BC americano) na coletiva de imprensa. Por outro lado, aumento de 100 pbs na taxa de juros pode reforçar temores quanto a um 'hard landing' por lá", observa Antonio van Moorsel, sócio e chefe do Advisory da Acqua Vero Investimentos.

"O cenário global ainda é o mesmo, com pressão inflacionária e baixíssimo crescimento, inclusive na China, em forte desaceleração econômica. Aqui, o descolamento ainda é favorecido por ações muito baratas, o que inclui não apenas as muito descontadas, como as de varejo, mas também as de bancos, que hoje subiram na medida em que costumam ser uma proteção melhor em momentos voláteis, como o de agora", diz Lucas Mastromonico, operador de renda variável da B.Side Investimentos.

Na contramão do ajuste nas ações de commodities (Vale ON (BVMF:VALE3) -1,43%, Petrobras PN (BVMF:PETR4) -0,58%) e da siderurgia (CSN ON (BVMF:CSNA3) -3,89%, Usiminas (BVMF:USIM5) PNA -2,73%, Gerdau (BVMF:GGBR4) PN -0,90%), setores com exposição a preços internacionais e a demanda externa, o segmento de bancos mostrou ganhos entre 1,52% (BB (BVMF:BBAS3) ON) e 3,67% (Bradesco (BVMF:BBDC4) ON) no fechamento. "Mesmo com o exterior recuando e a queda do petróleo e do minério de ferro, que puxaram as ações de Petrobras e Vale para baixo, o Ibovespa sustentou um pregão levemente positivo, apoiado na alta do setor financeiro", resume Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora.

"Por aqui, com o aporte dos recursos do Auxílio Brasil contribuindo para a recuperação do setor de serviços, além da melhora constante dos resultados da indústria e a redução da taxa de desemprego, por ora a recessão continuará fora da perspectiva, a curto prazo", observa Acilio Marinello, coordenador do MBA de Digital Banking da Trevisan Escola de Negócios, referindo-se ao descolamento do mercado doméstico da aversão a risco que ainda prevalece no exterior.

Assim, o índice de consumo (ICON +0,57%) conseguiu escapar do dia negativo para os materiais básicos (IMAT -1,00%). Na ponta do Ibovespa nesta terça-feira, destaque para Carrefour (BVMF:CRFB3) Brasil (+4,06%), Embraer (BVMF:EMBR3) (+3,78%), Bradesco (ON +3,67%), Yduqs (BVMF:YDUQ3) (+3,41%) e Itaú (BVMF:ITUB4) (+3,32%). No lado oposto, Ecorodovias (BVMF:ECOR3) (-4,39%), CVC (BVMF:CVCB3) (-3,92%), CSN (-3,89%), BRF (BVMF:BRFS3) (-3,44%) e Usiminas (-2,73%).

"O dia foi de agenda esvaziada, com cautela para as decisões de política monetária, amanhã. No Brasil, os dados mais recentes mostram desaceleração dos preços sem desaceleração econômica, o que apoia a expectativa de encerramento do ciclo de alta de juros, com juros reais perto de 6%, bem acima dos 4% indicados como ideal pelo Banco Central", diz Rafael Azevedo, especialista em renda variável da Blue3.

"O BC ainda precisa ancorar expectativas em direção à meta (de inflação). Tentar fazer com que a economia tenha um processo de acomodação, um desaquecimento. Para isso, precisa usar taxa de juros elevada, e por mais tempo. Expectativa de inflação para 2024 precisa ficar mais próxima da meta, é o que o BC quer ver", diz Nicola Tingas, economista-chefe da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), que espera manutenção da Selic de 13,75% por "mais tempo", ou mesmo 14%, deixando claro que esse "universo temporal se tornou mais longo para poder fazer a convergência da meta".

Pesquisa da BGC Liquidez com 155 players institucionais, abrangendo de gestores de fundos a traders de bancos, economistas e estrategistas, mostra que a grande maioria (81%) espera manutenção da Selic a 13,75% ao ano, na decisão de amanhã do Copom, em Brasília. De acordo com o levantamento, apenas 19% esperam um aumento residual, de 25 pontos-base, que elevaria a taxa de referência a 14% nesta quarta-feira. Quando se pergunta qual seria a decisão correta, a fatia pelo aumento de 25 pontos-base sobe um pouco, para 25%, puxada especialmente pelos economistas (33%).

O levantamento também buscou medir a expectativa para a eleição presidencial de outubro. "Para as eleições, tivemos mudanças mais relevantes. Lula apresentou novo aumento na expectativa de vitória pelo mercado vs pesquisa anterior, saindo de 60% para 70%, enquanto Bolsonaro perdeu terreno novamente, saindo de 38% para 30%", aponta a BGC Liquidez.

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