Investing.com - A Vale (SA:VALE5) avança mais de 3% no pregão desta quinta-feira, destoando do clima negativo que abate o mercado financeiro brasileiro. A ação preferencial alcançou o patamar de R$ 17,82, seu maior nível desde maio de 2015.
A companhia divulgou mais cedo aumento de 1,5% na produção de minério do terceiro trimestre para 92,1 milhões de toneladas. Na comparação com o segundo trimestre, o volume foi 6,5% maior. Para o ano, a empresa prevê produzir pouco acima das 340 milhões de toneladas previstas anteriormente.
O próximo ano, contudo, deverá ser mais forte, com estimativas entre 360 milhões e 380 milhões de toneladas. O número ainda será confirmado mais à frente, mas indica um corte em relação à previsão divulgada no ano passado entre 380 milhões e 400 milhões de toneladas.
A cotação da commodity avançou quase 1% no mercado spot chinês mais cedo e encostou nas US$ 59/t, dando mais suporte à alta das ações da Vale.
A produção de níquel da Vale recuou para 76 mil toneladas, 3,3% a menos que no segundo trimestre com paradas programadas no Canadá. A extração avançou 6,1% frente a igual período do ano passado, que também contou com manutenção em outra unidade no mesmo país.
Os últimos dias foram marcados pelas atualizações das atividades operacionais das principais mineradoras mundiais. A BHP Billiton (AX:BHP) registrou queda de 6% na produção de minério, enquanto a Fortescue (AX:FMG) divulgou embarques 5% maiores no trimestre. Já a Rio Tinto (LON:RIO), reduziu em 5 milhões de toneladas a previsão de embarque de 2016, para 330 milhões a 340 milhões de toneladas com queda de 5% na extração do terceiro trimestre, que ficou em 80,9 milhões de toneladas (-5%).
Petrobras interrompe rali
A ação da petroleira (SA:PETR4) realiza lucros após um intenso rali desde o final de setembro, que embutiu ganhos de mais de 30% no mês.
No início da tarde, o papel recua 0,5% para R$ 17,50, em meio a um ajuste nos preços do petróleo, que cedem 2% no mercado internacional.
Pesa sobre a companhia a ressaca no mercado interno após o corte da Selic em 0,25 p.p, na mínima das previsões, o risco no governo com a prisão de Eduardo Cunha, e o tombo no IBC-Br de 0,9%, acima das previsões dos analistas.