O Deutsche Bank reiterou a recomendação de compra na fabricante chinesa de veículos elétricos Nio (NYSE:NIO), mas cortou o preço-alvo da ação de US$ 17 para US$ 16, por avaliar que a trajetória de crescimento da companhia está mais fraca do que o esperado.
No segundo trimestre, a Nio entregou 23.520 unidades, gerando uma receita de 8,8 bilhões de RMB, o que ficou abaixo das expectativas, que eram de 9,1 a 9,2 bilhões de RMB, devido a uma queda no preço médio de venda. A margem bruta de 1,0% também foi menor do que a estimativa consensual de 3,3%, principalmente devido a desafios tanto na margem de veículos quanto em outras áreas de vendas.
As despesas operacionais, totalizando 6,2 bilhões de RMB, superaram as estimativas, principalmente devido aos gastos crescentes com pesquisa e desenvolvimento. Com isso, o lucro por ação ajustado para o trimestre ficou em US$ 3,28, abaixo da estimativa consensual de cerca de US$ 2,85.
Os analistas observaram que “a NIO apresenta um crescimento mais fraco do que o esperado, mesmo tendo vários novos modelos totalmente operacionais. Isso parece refletir um problema em sua estrutura de vendas, que precisa ser expandida significativamente para competir melhor com as marcas premium tradicionais. Embora não vejamos uma grande pressão de queda na demanda, essa situação afeta a credibilidade da administração, que havia sido restaurada nos últimos meses”.
A projeção da gerência para o terceiro trimestre de 2023 é mais fraca do que o esperado, com uma estimativa de entregas entre 55.000 e 57.000 unidades, resultando em uma receita entre 18,9 bilhões e 19,5 bilhões de RMB. Isso contrasta com a previsão do Deutsche Bank de 60.000 unidades, sugerindo que o desempenho de setembro também será mais fraco, com uma estimativa de entregas entre 15.000 e 17.000 unidades, em comparação com as 19.329 alcançadas em agosto.
No início do pregão desta quarta-feira, 6, em Nova York, as ações da NIO apresentavam queda de 0,30%.