O lucro líquido 'recorrente' da Dexco (BVMF:DXCO3) avançou 41,2% na comparação entre o segundo trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, chegando a R$ 126,3 milhões. O critério 'recorrente' exclui a variação no valor dos ativos biológicos e outros itens considerados esporádicos. Sem isso, o lucro teve queda de 40% na mesma base de comparação, para R$ 94,5 milhões.
A Dexco - uma das maiores fabricantes de materiais de construção no País - informou que chegou a um patamar mais positivo de produção e vendas, especialmente na Divisão de Metais e Louças Sanitários, com melhora no mix de itens. Além disso, sua estrutura de custos ficou mais resiliente após reestruturações nas operações realizadas ao longo do ano passado.
A expedição subiu em todos os segmentos: Metais e Louças Sanitários (5%), Revestimentos Cerâmicos (3%) e em Painéis de Madeira (13%).
A Dexco ressaltou ainda que, no segundo trimestre, não foram realizadas vendas relevantes de ativos florestais - ao contrário do que vinha acontecendo nos períodos anteriores, dando um fôlego extra aos últimos balanços.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e recorrente avançou 7,7%, indo a R$ 376,5 milhões. Aqui, a margem Ebitda subiu 1,0 pp, para 18,9%. Sem isso, o Ebitda teve baixa de 3,6%, para R$ 635 milhões. A margem Ebitda encolheu 1,9 ponto porcentual, para 31,8%.
A receita consolidada do grupo cresceu 2,1%, totalizando R$ 1,995 bilhão. Segundo a companhia, houve mais vendas de produtos nobres da Divisão de Metais e Louças, bem como resultados mais consistentes na Divisão de Painéis de Madeira.
A LD Celulose, empresa investida, teve prejuízo de R$ 21,4 milhões.
O custo dos produtos vendidos (líquidos de depreciação, amortização e exaustão) da Dexco ficou praticamente estável, mostrando baixa de apenas 0,1%, indo a R$ 1,26 bilhão. Segundo a companhia, isso decorreu da melhora no cenário de custos e de medidas de ganho de eficiência nas operações.
As despesas com vendas tiveram alta de 6,7%, para R$ 298,7 milhões, por conta de maiores volumes vendidos, revisão das tarifas de frete e investimentos em marketing.
Já as despesas gerais e administrativas caíram 23%, para R$ 72,7 milhões, graças a medida de "otimização de recursos", segundo a companhia.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) do grupo gerou uma despesa de R$ 154 milhões, 17,6% menor na mesma base de comparação anual. A companhia reportou melhora no rendimento de aplicações, visto que houve elevação da posição em caixa.
A Dexco registrou fluxo de caixa positivo de R$ 36,2 milhões, como reflexo da gestão de capital de giro.
A dívida líquida foi a R$ 5,2 bilhões, alta de 14,5% em um ano, com alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado anualizado) de 3,46 vezes, ante 3,08 vezes um ano antes.