Investing.com – Investidores repercutem o aumento de juros no Brasil, enquanto aguardam decisão de política monetária nos Estados Unidos e novos balanços trimestrais. Além disso, os mercados seguem monitorando as Trump Trades após a vitória do republicano nas eleições americanas.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro decidiu elevar a taxa de juros em meio ponto percentual, com a Selic passando de 10,75% para 11,25% ao ano, em decisão unânime.
“A situação fiscal foi mais fortemente enfatizada, influenciando a política monetária através de um maior prêmio de risco e de uma taxa de câmbio depreciada”, apontou o Bank of America (NYSE:BAC).
Em contraposição ao aumento de juros no Brasil, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve deve cortar as fed funds nesta quinta em 0,25 ponto percentual. A decisão foi adiada em um dia devido à eleição nos EUA e a XP (BVMF:XPBR31) espera que a decisão ocorra “sem sinalizações futuras relevantes para além de um novo corte de 0,25 p.p. em dezembro”. Além disso, o Banco da Inglaterra cortou a taxa de juros de 5% para 4,75%, conforme esperado pelo mercado.
Ainda no radar, as exportações chinesas superaram as projeções no mês de outubro, registrando a expansão mais rápida em mais de dois anos. As vendas ao mercado externo apresentaram alta de 12,7% no mês passado na comparação anual, enquanto as importações caíram 2,3%, recuando mais do que o esperado.
Às 9h11 (de Brasília), Nasdaq 100 Futuros subia 0,31%, S&P 500 Futuros registrava alta de 0,24% e o Dow Jones Futuros ganhava 0,24%. O Ibovespa Futuros perdia 0,20% e o dólar hoje caía 0,04%, a R$5,6769.
O Petróleo WTI Futuros, referência nos Estados Unidos, apresentava queda de 1,00%, a US$70,97, e o Petróleo Brent Futuros perdia 0,73%, a US$74,37. O Bitcoin subia 1%, a US$74.928.
As ADRs da Vale (NYSE:VALE) subiam 1,39% no pré-mercado, a US$10,95, e as da Petrobras (NYSE:PBR) estavam em acréscimo de 0,52%, a US$13,47.
Cenário fiscal — Com analistas indicando urgência de medidas para contenção de gastos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a estratégia deve ser definida nesta quinta.
Preços da cesta básica — Os preços de referência da cesta básica foram elevados em todas as 17 da pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Balança comercial — O Brasil registrou um superávit comercial de US$4,343 bilhões em outubro, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Agenda do dia
Roberto Campos Neto — Despachos internos em São Paulo e deslocamento para Basileia (Suíça).
Luiz Inácio Lula da Silva — Reunião com os ministros da Casa Civil, Rui Costa; Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Gravação de entrevista, por videoconferência, para Christiane Amanpour, da CNN International. Reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
Fernando Haddad — Reunião com Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Notícias corporativas
Eletrobras (BVMF:ELET3) — O lucro líquido ajustado disparou para R$7,56 bilhões de no terceiro trimestre, contra R$1 bilhão registrado em igual intervalo de 2023.
Minerva (BVMF:BEEF3) — A Minerva apresentou um lucro líquido de R$94,1 milhões no terceiro trimestre, retração de 33% em relação ao mesmo período do ano passado.
Totvs (BVMF:TOTS3) — O lucro líquido consolidado somou R$295,8 milhões entre julho e setembro, diminuição de 32% ano a ano.
Tenda (BVMF:TEND3) — A construtora teve um lucro líquido de R$76,2 milhões, revertendo prejuízo de R$23,8 milhões apurado em igual intervalo de 2023.
Petz (BVMF:PETZ3) — O lucro líquido ajustado de R$26 milhões foi 76,5% maior do que o apurado no mesmo período do ano passado.
CBA (BVMF:CBAV3) — A CBA teve lucro de R$87 milhões no terceiro trimestre, versus um prejuízo de R$263 milhões no 3T23.
Eletromídia (BVMF:ELMD3) — O lucro líquido ajustado da Eletromídia atingiu R$ 48 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 71,3%.
C&A Modas (BVMF:CEAB3) — O lucro líquido atingiu R$42,8 milhões, ante prejuízo de R$44,2 milhões apurado um ano antes.
Santos Brasil (BVMF:STBP3) — O lucro líquido chegou a R$216,2 milhões, aumento de 55,5% em relação aos mesmos meses de 2023.
Ânima (BVMF:ANIM3) — O lucro líquido ajustado somou R$49 milhões no 3T24, acréscimo anual de 41,8%.
JSL (BVMF:JSLG3)— A JSL, que faz parte do grupo Simpar (BVMF:SIMH3), apresentou um lucro líquido de R$ 43,8 milhões, queda de 6,4% ano a ano.
Qualicorp (BVMF:QUAL3) — O lucro líquido ajustado somou R$17,6 milhões no 3T24, ante R$14,8 milhões no mesmo intervalo de 2023.
Braskem (BVMF:BRKM5) —O prejuízo caiu 75% na base anual, chegando a R$593 milhões, informou a empresa em release de resultados.
Taesa (BVMF:TAEE11) — O lucro líquido regulatório consolidado somou R$307,3 milhões, diminuição de 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Oi (BVMF:OIBR3) —A Oi apurou lucro líquido de R$ 243 milhões entre julho e setembro, revertendo o prejuízo de R$ 2,8 bilhões registrado um ano antes.
Copel (BVMF:CPLE6) — O lucro líquido somou R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre, alta de 175,9% versus 3T23.
Iochpe-Maxion (BVMF:MYPK3) — O lucro líquido foi de R$109,2 milhões no 3T24, revertendo prejuízo líquido de R$4,8 milhões em igual intervalo do ano anterior.
Portobello (BVMF:PTBL3) — O lucro somou R$ 2,6 milhões, ante resultado líquido positivo de R$ 4,0 milhões no 3T23.
Banco Pan (BVMF:BPAN4) — O Banco Pan registrou um lucro líquido de R$216 milhões, um aumento de 9% em relação ao terceiro trimestre de 2023.
Guararapes (BVMF:GUAR3) — O lucro líquido atingiu R$45 milhões, revertendo o prejuízo de R$71 milhões no mesmo intervalo do ano passado.
Com Reuters e Estadão Conteúdo