O dólar opera em alta, alinhado à tendência no exterior, após queda acumulada na semana passada. Um pessimismo predomina nos mercados internacionais, refletindo preocupações com a retomada econômica devido ao aumento de casos de covid-19 nos Estados Unidos e outros países e o impasse sobre o Brexit, com relatos de que o Reino Unido pode abandonar as negociações e desistir do acordo comercial com a União Europeia ainda hoje. Um limitador das perdas é a negociação nos EUA sobre um pacote de estímulos fiscais, que é monitorada.
No Brasil, o mercado também digere a notícia de que o Supremo Tribunal Federal decidiu que nem Davi Alcolumbre (DEM-AP), nem Rodrigo Maia (DEM-RJ) podem tentar se reeleger para as presidências do Senado e da Câmara, respectivamente. A mais alta Corte brasileira encerrou o julgamento com 7 votos contra a reeleição de Maia e 6 discordando da possibilidade de Alcolumbre ser reconduzido. A decisão é vista por alguns agentes financeiros como uma vitória do governo sobre Maia. A tendência, no entanto, é de atrasar ainda mais a agenda de votações e de reformas no Congresso.
Segue indefinida eventual extensão do auxílio emergencial ou adoção de outro benefício social em 2021 com valor e prazo de concessão menores. Também persiste o impasse sobre o Orçamento de 2021, cuja votação pode ficar para o próximo ano, ainda que o Congresso Nacional tenha decidido levar a LDO para votação diretamente no plenário. Uma sessão será convocada para o próximo dia 16.
No exterior, o dólar sobe de forma generalizada, enquanto os índices futuros de Nova York e o petróleo recuam. Nesse contexto, as moedas de países emergentes e ligadas a commodities recuam ante o dólar, com investidores deixando em segundo plano o salto de 21,1% nas exportações da China.
Às 9h19, o dólar à vista subia 0,83%, a R$ 5,1686. O dólar futuro para janeiro de 2021 ganhava 0,26%, a R$ 5,1690.