Investing.com – Margens mais elevadas e melhores tendências devem marcar a temporada de balanços da maior parte dos players do setor educacional no terceiro trimestre. É o que espera o banco BTG (BVMF:BPAC11), que divulgou relatório aos clientes e ao mercado sobre o tema nesta segunda-feira, 23. No entanto, o BTG ainda não demonstra reforço no otimismo em relação ao setor.
De acordo com os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim, a expectativa é de melhoria no Ebitda das empresas na comparação, mas com bases de comparação fáceis. “O excesso de oferta de vagas em certas verticais significa que os preços continuam sendo um obstáculo para alguns players. Ficando com os negativos, os resultados financeiros deverão permanecer sob pressão, uma vez que os balanços ainda estão alavancadas e as taxas de juros (apesar do início de um ciclo de flexibilização) permanecem em níveis elevados”.
Cogna (BVMF:COGN3)
O BTG espera crescimento anual da receita, mas lembra que a base de comparação é fácil. A receita líquida deve apresentar expansão de 15,5%, atingindo R$ 1,23 bilhão. O EBITDA ajustado é estimado em R$ 285 milhões, uma valorização anual de 23%, e prejuízo líquido contábil de R$ 120 milhões, menor do que as perdas de R$211 milhões no 3T22. A indicação é neutra para os papéis.
Yduqs (BVMF:YDUQ3)
O banco projeta resultados sólidos do terceiro trimestre, diante da expansão da receita em 15% na base anual, para R$1,3 bilhão, com crescimento anual em todas as verticais. Já o EBITDA ajustado também deve subir 15% ao ano, totalizando R$470 milhões, enquanto o lucro líquido é estimado em R$ 117 milhões. Os analistas contam com classificação neutra para os papéis.
Ânima (BVMF:ANIM3)
Os analistas do BTG esperam que os resultados operacionais sejam fracos, mas ponderam que a empresa deve apresentar desalavancagem.
A receita líquida deve apresentar acréscimo anual de 3,5%, para R$ 935 milhões, com o EBITDA ajustado em expansão de 7%, alcançando R$303 milhões. O lucro líquido ajustado deve chegar a R$6 milhões.
Afya (NASDAQ:AFYA)
O BTG projeta forte expansão de receita e indicadores sólidos, diante da resiliência da faculdade de medicina. A receita líquida deve subir 24% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 722 milhões, com impulso de M&As. O resultado contábil crescer 21% na mesma análise, para R$ 97 milhões. O BTG elenca a Afya como top pick do setor.
Cruzeiro do Sul (BVMF:CSED3)
Os analistas estimam ganhos de 12,5% no Ebitda na comparação anual, chegando a R$174 milhões e lucro de R$35 milhões, alta de 89% na mesma análise. Os resultados devem ser decentes, acredita o banco, tendo em vista a expansão da base de estudantes. A indicação para os papéis é de compra.
Ser Educacional (BVMF:SEER3)
O BTG espera margens mais altas, com algumas melhorias na base anual. A expectativa é de que a receita líquida apresente expansão de 9%, alcançando R$ 425 milhões diante de maior base de alunos e melhores preços. O banco projeta EBITDA ajustado de R$ 69 milhões e prejuízo líquido ajustado de R$ 2 milhões, contra prejuízo de R$ 30 milhões do 3T22. A classificação para o papel é neutra.
Vitru (NASDAQ:VTRU)
A empresa tende a novamente apresentar resultados robustos diante da consolidação da Unicesumar. O BTG estima alta na receita de 20% na base anual, para R$ 482 milhões, além de forte ticket médio consolidado. O Ebitda ajustado deve alcançar R$178 milhões e o lucro líquido ajustado R$106 milhões. A recomendação dos analistas para os papéis é de compra.
Às 15h12 (de Brasília), as ações da Cogna subiam 4,18%, a R$2,49, as da Ser ganhavam 3,19%, a R$6,14, as da Cruzeiro estavam em acréscimo de 0,77%, a R$3,91, as da Ânima registravam valorização de 4,51%, a R$2,78 e as da Yduqs tinham alta de 1,64%, a R$18,59.