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Em baixa de 0,96%, Ibovespa volta a perder linha de 100 mil pontos

Publicado 30.06.2022, 05:00
Atualizado 30.06.2022, 05:00
© Reuters.  Em baixa de 0,96%, Ibovespa volta a perder linha de 100 mil pontos

© Reuters. Em baixa de 0,96%, Ibovespa volta a perder linha de 100 mil pontos

Após dois fechamentos na linha dos 100 mil pontos, o Ibovespa voltou a se acomodar nesta quarta-feira abaixo do limiar psicológico de seis dígitos, faltando apenas a sessão de quinta-feira para o fechamento do mês em que acumula perda de 10,53%, a segunda pior desde o mais baixo momento da pandemia, em março de 2020, quando cedeu 29,90%. Nesta quarta-feira, a referência da B3 (BVMF:B3SA3) oscilou entre os 99.218,13 e 101.313,08, saindo de abertura aos 100.592,38 pontos. Ao final, mostrava queda de 0,96%, aos 99.621,58 pontos, com giro bem fraco na sessão, a R$ 20,1 bilhões. Na semana, ainda avança 0,96%, e as perdas no ano estão agora em 4,96%.

O enfraquecimento do giro observado na B3 tem refletido o grau de cautela, tanto no plano interno como no externo. Lá fora, permanecem as dúvidas quanto ao grau de aperto monetário ainda a ser promovido pelo Federal Reserve, no momento em que a revisão do PIB do primeiro trimestre nos Estados Unidos, pior do que antecipado, e especialmente a divulgação dos primeiros dados econômicos de junho sugerem desaceleração da atividade no país, enquanto na segunda maior economia do mundo, a China, a retomada ainda é dificultada pelo surto de covid.

"O PIB americano veio um pouco pior do que o esperado, e como já é a última revisão do dado, acaba produzindo menos impacto, pensando também no médio e longo prazo. A leitura talvez seja a de que os Estados Unidos já não estivessem tão bem no primeiro trimestre, com possível efeito sobre os planos do Fed - mas não parece ser o que o BC americano, de fato, fará. O Fed tem reiterado que, entre atividade e inflação, prefere pesar a mão contra a inflação, prosseguindo com as altas de juros para que ela convirja para a meta", diz Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, antecipando a possibilidade de desaceleração econômica este ano nos EUA, mas sem uma "recessão forte adiante".

Em linha com esta visão, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reconheceu nesta quarta que o processo de aperto monetário muito provavelmente envolverá "alguma dor" do ponto de vista econômico, mas que ameaça ainda mais grave seria fracassar em controlar a inflação. "É importante que as pessoas entendam o quão estamos comprometidos em retornar inflação à meta de 2%", disse Powell, durante participação em fórum do Banco Central Europeu (BCE), em Portugal. A fala foi considerada mais dura do que as de autoridades da zona do euro no mesmo evento, o que resultou em avanço do índice DXY, que contrapõe o dólar a outras seis referências, como euro, iene e libra.

"O Ibovespa já vinha um pouco mais pressionado com a indicação do Fed de que o principal objetivo nesse momento é controlar a inflação, o que aumenta as apostas, para elevação de 0,75 ponto porcentual (nos juros de referência dos EUA), na próxima reunião de política monetária. As ações de commodities estavam segurando um pouquinho aqui. Mas o relator da PEC dos Combustíveis (senador Fernando Bezerra, MDB-PE), aprovando estado de emergência para que o governo possa fazer subsídio em ano eleitoral, pesou no humor geral. Tem impacto direto sobre o fiscal apesar do alívio de curto prazo para os consumidores, na cesta de bens, em que os combustíveis são altamente representativos", diz Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos.

Mesmo com a possibilidade de o governo, a pouco mais de três meses da eleição, recorrer a estado de emergência para ampliar gastos e transferências sociais - como o Auxílio Brasil de R$ 600, o vale-gás dobrado e o voucher de R$ 1 mil aos caminhoneiros autônomos -, o dólar, embora ainda volátil, fechou em baixa de 1,39%, a R$ 5,1930, no segmento à vista, após ter chegado a R$ 5,2596 na máxima da sessão. Tanto o câmbio como a curva de juros, pressionados, têm espelhado também a deterioração da perspectiva fiscal do Brasil, em mais uma temporada eleitoral.

"O que começa como temporário acaba virando direito adquirido - Lula, se vitorioso, reduziria o Bolsa Família (atual Auxílio Brasil)?", questiona Rodrigo Knudsen, gestor da Vitreo. "Desde 1994, com a adoção do real, as séries longas mostram que o CDI acaba batendo a Bolsa. E no momento, com a perspectiva de que os juros ficarão altos por mais tempo, de que levará mais tempo para o BC começar a cortar a Selic de novo, o CDI é 'free lunch' (almoço grátis)", acrescenta o gestor.

"Mais uma vez se frustra a expectativa de que pudesse ocorrer um 'decoupling' (descolamento) que favorecesse a Bolsa, em razão de o aperto (nos juros) ter começado bem mais cedo no Brasil (em relação ao exterior), com o ciclo de elevação agora já perto do fim por aqui", diz Knudsen. "A Bolsa está barata, sim, mas a tendência é de que continue assim. Nem dados melhores, como o IGP-M de hoje, abaixo do esperado, têm ajudado. Quem faz posição para prazo mais longo está parado, observando, e quem 'treida' olhando logo à frente, quem tinha de sair, saiu. O fiscal veio como uma pá de cal. E Ibovespa abaixo de 100 mil pontos mostra isso."

Ainda assim, uma parte dos componentes do índice de referência conseguiu escapar a mais um dia negativo, com destaque para MRV (BVMF:MRVE3) (+3,41%), SLC Agrícola (BVMF:SLCE3) (+2,86%), Rede D'Or (BVMF:RDOR3) (+2,83%) e Sul América (BVMF:SULA11) (+1,72%). Na ponta oposta, Qualicorp (BVMF:QUAL3) cedeu 8,38%; CVC (BVMF:CVCB3), 6,36%; Positivo, 5,52%, e Marfrig (BVMF:MRFG3), 5,10%. As perdas se espalharam também pelas empresas e setores de maior liquidez, como Petrobras (BVMF:PETR4) (ON -1,37%, PN -0,88%), Vale (BVMF:VALE3) (ON -0,83%) e Bradesco (BVMF:BBDC4) (ON -1,47%, PN -1,73%).

Últimos comentários

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