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PARIS (Reuters) - A Embraer (BVMF:EMBR3) recebeu novos pedidos de aeronaves E-Jets da American Airlines (NASDAQ:AAL) e da espanhola Binter, em negócios anunciados nesta terça-feira durante o Paris Airshow que totalizam cerca de 1 bilhão de dólares.
As novas encomendas ocorrem em meio a uma série de negócios fechados durante o maior evento aéreo do mundo, que ocorre em Le Bourget pela primeira vez após quatro anos e teve início na segunda-feira, com a Airbus (EPA:AIR) anunciando uma transação recorde de 500 aeronaves.
A Embraer, a terceira maior fabricante de aviões do mundo depois da Airbus e da Boeing (NYSE:BA), disse que os novos pedidos vêm em linha com metas de expansão de operadoras regionais como a Binter e a canadense Porter Airlines, ressaltando o momento positivo para suas aeronaves nos mercados globais.
Apesar disso, as ações da Embraer recuavam mais de 4% nesta terça, a maior baixa do Ibovespa, com analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) afirmando que a empresa teve um "início lento" no evento parisiense.
"Esperávamos que a Embraer anunciasse pelo menos 30 novos pedidos durante o evento", disseram os analistas. "Mas acreditamos que novas encomendas possam ser anunciadas nos próximos dias, já que no último Paris Air Show a Embraer dividiu seus anúncios em três dias."
A Binter fez um pedido de seis aeronaves E195-E2, seu quarto de jatos E2, o que aumentará sua frota para 16 quando entregues. O negócio foi avaliado em 504,7 milhões de dólares a preço de tabela, com entregas a partir do segundo semestre de 2024.
O presidente da companhia aérea, Rodolfo Núñez, elogiou a aeronave como um "diferencial" para a empresa e "a aeronave perfeita para liderar nosso ciclo de crescimento", citando consumo de combustível e manutenção melhores do que o esperado.
"Os melhores pedidos são os pedidos que se repetem", disse o diretor comercial da Embraer para aviação comercial, Martyn Holmes.
O mesmo se aplica à American Airlines, que encomendou sete aviões E175 para sua subsidiária Envoy Air, cuja frota de E-Jets crescerá para mais de 141 aeronaves até o final de 2024 após o novo acordo de 403,4 milhões de dólares.
A empresa de leasing Avolon, enquanto isso, assinou um contrato de venda e arrendamento com a Porter -- já cliente da Embraer -- para 10 novos E195-E2s em uma transação avaliada em 841,2 milhões de dólares, segundo a Embraer.
Essa é "mais uma evidência do bom momento do E2 no mercado", disse Holmes.
A empresa espera que sua unidade de aeronaves comerciais entregue de 65 a 70 jatos este ano, ante 57 em 2022, e havia dito anteriormente que as vendas também estavam tendo um forte desempenho com a recuperação das viagens pós-pandemia.
A Embraer restaurou sua carteira de pedidos aos níveis anteriores a 2020 e está trabalhando para atingir 100 entregas comerciais por ano dentro de três a quatro anos.
(Reportagem de Gabriel Araujo)