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Empresário reinventa 'negócio da China' do LED e fará emissão para inv

Publicado 28.10.2023, 09:00
© Reuters.  Empresário reinventa 'negócio da China' do LED e fará emissão para inv
GUAR3
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Passado o susto da pandemia, a empresa de painéis eletrônicos The LED agora colhe os louros da virada provocada pela paralisia da crise sanitária que quase a inviabilizou. Hoje, é um negócio 30 vezes maior do que há cinco anos, com o tamanho da companhia dobrando a cada 12 meses. A receita não é revelada, mas uma dimensão pode ser dada pelo planejamento de sua expansão via mercado de capitais, com a perspectiva de uma captação de R$ 60 milhões, e a expectativa de investir R$ 100 milhões em 2024. Na carteira de clientes do negócio estão nomes como Palmeiras, Riachuelo (BVMF:GUAR3) e até o Neymar.

Criada em 2010 por Richard Albanesi, filho de uma empresária do ramo de lâmpadas, a The LED vivia de alocar painéis para grandes eventos e shows musicais. Redescobriu o segmento de varejo depois do apagão da pandemia. De lá para cá, já emitiu uma debênture de R$ 30 milhões, numa captação feita pela Veedha Investimentos, e agora tem conversas com bancos Modal e Itaú BBA para a nova captação de R$ 60 milhões, prevista para dezembro.

O investimento de R$ 100 milhões será voltado para a aquisição de produtos - basicamente placas de LED importadas da China, para atender a demanda explosiva do setor de entretenimentos, como grandes shows, estádios de futebol e a nova frente do varejo.

A empresa já cuida da comunicação visual digital da Arena do Palmeiras, a Allianz (ETR:ALVG) Parque, e acaba de assinar contrato com o Santos Futebol Clube. Meses antes ganhou a concorrência para fazer toda a digitalização visual da Fonte Luminosa, arena da Ferroviária de Araraquara, e na sexta-feira, 20, inaugurou um painel com mais de 10 metros de altura no Parque Villa Lobos, na capital paulista.

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Na carteira de clientes da The LED estão nomes como os aeroportos de Confins, em Minas Gerais; Congonhas, em São Paulo; JBS/Friboi, Lojas Riachuelo, Habib´s, redes de shopping centers e postos de gasolina e até a mansão do craque Neymar, em Mangaratiba, Litoral Sul do Rio de Janeiro. Com 13 anos de atuação no mercado brasileiro, mais de 9 mil projetos realizados, mais de 80 mil metros quadrados de painéis de LED instalados, a The LED é líder deste segmento, respondendo sozinha pelo "market share" de quase 40% no setor de eventos e acima deste porcentual quando se incorpora à sua carteira o varejo.

Apagão

A The LED cresceu atendendo clientes como Chitãozinho & Xororó, a cantora Cláudia Leite e outros artistas de renome. Os negócios iam bem até que em 2020 veio a pandemia e com ela isolamento social que levou ao fechamento total do segmento de entretenimento. Foi um baque para os negócios da empresa, que estava altamente estocada e sem perspectivas de assinar novos contratos com o showbiz.

"A pandemia para nós foi terrível. Tínhamos uma área de eventos muito grande e de repente tudo parou e ficamos com um enorme estoque parado. Foi um pânico, não sabíamos o que fazer. Depois de ficar por 60 dias maluco eu pensei: somos modelo de locação, vamos colocar esse estoque no varejo", contou Albanesi.

O passo seguinte foi pegar o telefone e começar a ligar para as redes de varejo, shopping centers, aeroportos e convencê-los que a hora de inovar, investir e fazer obras era aquela, enquanto estavam fechados.

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"Passamos a ligar para os clientes e dizer que a hora de reformar era aquela em que estavam fechados. Shopping, você está fechado, sempre quis colocar coisas novas e não punha porque não podia fazer obra. A hora de fazer obra é agora. Aeroportos, é hora de investir em tecnologia", contou o CEO da The LED.

Para convencer empresários, principalmente do varejo, que estavam com suas atividades paradas por força de uma doença que ninguém sabia ao certo do que se tratava e por quanto tempo iria durar, Albanesi ofereceu a eles a instalação dos painéis por locação e para só começarem a pagar o aluguel quando a economia fosse reaberta. Foi o pulo do gato rumo a uma retomada expressiva do crescimento. Para o empresário não havia risco. Ele não estava comprando o equipamento e se não visse resultado nos negócios era só devolver.

O primeiro contrato foi uma loja da Riachuelo do Shopping Morumbi. O impacto visual na unidade e sobre as vendas levou outras empresas a buscarem o recurso. A iniciativa foi dando certo e a The LED foi entregando mais serviços e se tornando próxima do setor de varejo. Passou a fornecer não mais só o equipamento, mas também manutenção e conteúdo dos painéis.

"Isso nos fez crescer absurdamente nos últimos cinco anos. Temos 13 anos, mas nos últimos cinco crescemos 30 vezes. Nosso negócio era aluguel para eventos. Fazia, desmontava e ia embora. E para redes de varejo e shoppings era venda. Hoje a locação é o grande negócio da nossa empresa", emendou Albanesi.

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Segundo ele, as grandes redes de supermercados, quando colocam o LED, não veem só o benefício de vender mais. Veem as contas com publicidade caírem. O fornecedor é que paga as contas. Virou um modelo de negócio porque o "retail media", que hoje está na moda e vai desde o digital ao físico, virou uma fonte de receitas aos supermercados. O LED gera impacto, comunica melhor e quem paga a conta é o fornecedor que quer aumentar seus negócios nos pontos de vendas.

"Nós somos visuais, O nosso modelo, a nossa percepção e a nossa definição do produto está no ponto de venda. Isso fez com que as marcas quisessem investir no ponto de venda, estar perto do consumidor, o que alavancou muito o nosso negócio".

O início

Albanesi não esconde a admiração que tem pela mãe - fundadora das Lâmpadas FLC e da ONG Amigos do Bem, Alcione Albanesi - a quem credita parte do seu sucesso. Foi com ela que compartilhou uma boa parte das mais de 40 viagens que fez à China. A primeira foi em 1996, quando tinha 13 anos de idade.

A inspiração para seu próprio negócio veio em 2010, quatro anos antes de sua mãe vender a FLC ao fundo de private equity Victoria Capital Partners e passar a cuidar integralmente da ONG Amigos do Bem. Em uma das dezenas de viagens à China, encantou-se com uma novidade que viu por lá: os painéis de LED. Viu naquilo a possibilidade de fazer um "negócio da China", no Brasil.

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Depois de 13 anos e se preparando para a segunda emissão de debêntures, Albanesi não descarta passos mais largos, mas mantém uma boa dose de cautela. "Para emitir uma debênture tivemos que nos preparar: tem que ser uma S/A, tem que ser auditado, tem que ser listada na B3 (BVMF:B3SA3), ou seja, mudou o jogo, coisas que a gente nem imaginava", conta.

Ele diz que a experiência foi muito positiva. Ainda assim, apesar de não descartar totalmente, questiona a capacidade da empresa para a realização de um eventual IPO. "Acho que, ainda, este não é o caminho. Mas temos que pensar como empresa e qual o futuro que a gente pensa para ela. Se chegar um fundo que ache necessário investir para abrir o capital, eu não descarto", disse.

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