Investing.com - As ações registraram a maior entrada de recursos desde março de 2022, graças à maior confiança dos investidores em um cenário de “pouso suave” da economia, de acordo com um relatório do Bank of America (NYSE:BAC).
Até quarta-feira, as ações atraíram um fluxo de US$ 25,3 bilhões, enquanto posições líquidas tiveram uma entrada de US$ 28,9 bilhões. Os títulos também receberam um fluxo de US$ 4,8 bilhões, mas o ouro sofreu uma saída de US$ 600 milhões.
A entrada de recursos no mercado monetário atingiu um total notável de US$ 1 trilhão no acumulado do ano, o que deve fazer com que tenha encerre 2023 em patamar recorde. Os títulos do Tesouro dos EUA registraram 31 semanas consecutivas de entrada de recursos, a mais longa sequência desde 2010, e também devem ter um ano recorde, com um volume de US$ 144 bilhões em investimentos no acumulado do ano.
Os analistas do BofA ressaltaram que a grande entrada de recursos em fundos de mercados monetários reflete a falta de convicção em uma tese de “bear market”.
"Não há sinal mais claro de perspectiva de queda dos mercados, a julgar pela entrada de capital nos fundos de mercados monetários, que receberam US$ 1 trilhão ao longo do ano. Esse dinheiro é geralmente investido em títulos quando há uma desaceleração acentuada na economia, em ações e crédito durante desacelerações mais brandas, ou permanece líquido e é redirecionado para commodities se não há sinais de desaceleração", afirmaram em uma nota.
Quanto à distribuição regional, as ações dos EUA registraram a maior entrada de fluxo semanal desde março de 2022, com US$ 26,4 bilhões. Os mercados emergentes tiveram uma segunda semana consecutiva de saídas de capital, totalizando US$ 1,2 bilhão. O Japão viu um influxo de US$ 200 milhões, enquanto a Europa enfrentou sua 27ª semana consecutiva de saídas, somando US$ 1,4 bilhão.
Nos EUA, as ações de grande capitalização receberam investimentos de US$ 18,7 bilhões, com o setor de tecnologia atraindo US$ 1,3 bilhão.