Eleição do novo presidente da Câmara ocorrerá na próxima quarta-feira, e não mais na quinta como havia sido marcado pelo presidente em exercício da Casa, Waldir Maranhão (Geraldo Magela/Agência Senado)
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O ambiente externo favorável segue influenciando positivamente o mercado brasileiro nesta segunda-feira (11). Depois do salto na geração de vagas de emprego nos Estados Unidos, desta vez o apetite por risco dos investidores reflete a perspectiva de novos estímulos econômicos na Ásia, sobretudo no Japão, após a vitória da coalização do premiê Shinzo Abe em eleição na câmara japonesa. As bolsas de valores sobem em todo o mundo.
No mercado de câmbio, depois de cair 2,12%, a R$ 3,2945 na venda, o dólar inicia os negócios em alta diante de nova intervenção do Banco Central via leilão de 10 mil contratos de swap cambial reverso, operação equivalente a uma compra futura de dólares.
Internamente, o cenário político chama a atenção em semana na qual os parlamentares brasileiros entrarão no chamado recesso branco do Congresso. Até lá, porém, na quarta-feira (13), a Câmara dos Deputados deve eleger o novo presidente da Casa. Há preocupações de racha na base aliada e esvaziamento do pleito às vésperas do recesso.
A expectativa é que o novo comando da Câmara consiga avançar na agenda de reformas necessária para tirar o Brasil da crise.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que para alcançar meta de crescimento das receitas de R$ 55 bilhões em 2017 trabalha com três planos, sendo o A voltado a controle de despesas, o B envolvendo privatizações e o C vinculado a aumento de impostos como Cide, PIS-Cofins e IOF.
Já o presidente interino, Michel Temer, declarou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que o governo vai estudar a privatização dos aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) como forma de arrecadar recursos para reduzir o rombo fiscal.
O que acontece no mundo corporativo
Produção - A Petrobras (SA:PETR4) anunciou que a produção total de petróleo e gás natural em junho somou 2,9 milhões de barris de óleo equivalente, crescimento de 2% sobre o volume registrado em maio.
Entregas - A Embraer (SA:EMBR3) teve queda de 13% nas entregas de aviões no segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado e a carteira de pedidos recuou cerca de 4% na mesma comparação.
Últimos capítulos - O conselho de administração da Estácio (SA:ESTC3) aprovou a oferta de compra da empresa pela Kroton (SA:KROT3), segundo a Reuters. Uma assembleia extraordinária da Estácio será convocada para que os acionistas deliberem sobre o negócio.
Abacaxi cobiçado - O escritório Alvarez & Marsal e as firmas de auditoria independente PricewaterhouseCoopers e Deloitte & Touche estão disputando mandato para administrar a Oi (SA:OIBR4), que pediu recuperação judicial.
Trégua - A Nippon Steel afirmou à Justiça de Minas Gerais que vai apoiar indicação judicial para presidente-executivo da Usiminas (SA:USIM5) se não chegar a um acordo com a Ternium para comandar a siderúrgica brasileira, na reunião de conciliação na segunda-feira.
I’ll be back - A Caixa está retornando ao mercado de fundo de investimento em direitos creditórios após dois anos de ausência para tirar vantagem do apetite crescente dos investidores por risco.
Dividendos – A Direcional Engenharia (SA:DIRR3) pagará R$ 40 milhões em dividendos em 19 de julho. Cada acionista receberá o equivalente à sua posição nesta quinta-feira (7).
Para comentar mais tarde
“Não sairemos da UTI com placebos”, diz Gil Castello Branco. Se quiser, mesmo, convencer o mercado de que está disposto a colocar a economia nos eixos, o presidente em exercício Michel Temer precisa apresentar medidas concretas – e não apenas dizer que, depois, vai discuti-las. “Esse é o discurso do tempo futuro indefinido que ninguém deseja”, afirma o economista Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da ONG Contas Abertas. Castello Branco é claro: paliativos e placebos não tirarão o Brasil da UTI. Leia mais.