Por Senad Karaahmetovic
Um estrategista do Morgan Stanley (NYSE:MS) novamente reiterou seu pessimismo com as ações dos EUA, à medida que as empresas vão divulgando seu desempenho no 2º tri.
Ele destacou a ampla revisão da amplitude, especialmente em setores como consumo durável, finanças, indústria, materiais, semicondutores, hardware de tecnologia e serviços de telecomunicação.
“Acreditamos que este é apenas o primeiro de vários trimestres que podem ser decepcionantes, antes que o ponto mais baixo das estimativas seja alcançado. Por isso, é pouco provável que o recente comportamento positivo dos preços a alguns cortes de resultados seja a mínima para a maioria das ações, já que não é recomendável comprar os primeiros cortes quando se entra em um grande ciclo de revisão”, afirmou em nota aos clientes.
O estrategista continua pedindo que os investidores aumentem exposição a setores de crescimento defensivo, em vez de ofensivo.
Os investidores ainda estão em um caso de amor com as ações de crescimento, especialmente as de tecnologia, em razão do seu desempenho extraordinário na última década. No entanto, muitas dessas ações são mais sensíveis economicamente do que muitos acreditam e, se estiver chegando uma recessão, esses papéis não se sairão bem. Nossa recomendação é apostar em crescimento mais defensivo por enquanto”, acrescentou.
O principal estrategista do Morgan Stanley também alertou contra a tentativa de precificar uma pausa da política do Fed, ressaltando que o atual ciclo não é como os anteriores.
“Nos últimos quatro ciclos, o Fed interrompeu sua campanha de aperto antes da chegada de uma recessão, e o período entre o último aumento e a recessão foi bom para as ações, ou melhor, MUITO bom. Entretanto, este ciclo é diferente do que o que vimos desde o início dos anos 1980, devido à alta taxa de inflação – a última vez em que o Fed teve que apertar e provocar uma recessão”’, concluiu.