Ação do BB fecha em queda após banco acionar AGU contra fake news
FRANKFURT/MUNIQUE (Reuters) - Líderes empresariais alemães pediram celeridade na formação de um novo governo após as eleições deste domingo no país, afirmando que a maior economia da Europa não pode perder tempo enquanto empresas sofrem com altos custos, burocracias e crescente concorrência estrangeira.
O bloco conservador CDU/CSU venceu as eleições nacionais na Alemanha, abrindo caminho para uma coalizão com os social-democratas. O cenário alivia preocupações com um governo tripartite mais frágil e leva os líderes empresariais a pedir mais agilidade dos partidos.
Ainda assim, siglas de oposição manterão uma "minoria de bloqueio" no Parlamento em discussões importantes, incluindo o afrouxamento do controle da dívida consagrado constitucionalmente, que mantém o país com restrições orçamentárias.
As principais empresas da Alemanha, como Deutsche Bank, E.ON, Deutsche Telekom e Siemens Energy (ETR:ENR1n), criticam há tempos a falta de ação do governo em relação à prolongada fraqueza econômica do país.
"Não precisamos de mais discussões, os problemas são bem conhecidos -- precisamos de implementação agora", disse Roland Busch, presidente-executivo da Siemens.
"O resto do mundo não está esperando por nós -- e a pressão para agir na Alemanha, especialmente no que diz respeito à competitividade, é enorme", disse ele, fazendo coro a comentários de outros executivos, incluindo Christian Bruch, da Siemens Energy.
Leonhard Birnbaum, presidente-executivo da E.ON, maior operadora de redes de energia da Europa, disse que a Alemanha deveria confiar nas forças do mercado quando se trata de sua economia, em uma crítica à abordagem intervencionista do governo no setor de energia.
’ENORMES DESAFIOS’
A economia da Alemanha pode encolher pelo terceiro ano consecutivo em 2025. A situação preocupa executivos em um momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alimenta um conflito comercial global e rivais chineses se movimentam.
"A Alemanha precisa agora de um governo que seja capaz e esteja disposto a agir - e rapidamente", disse Christian Sewing, presidente-executivo do maior credor do país, o Deutsche Bank, e presidente da associação de bancos do país.
"Os desafios que nosso país enfrenta são enormes: a economia precisa urgentemente de um novo começo com reformas fundamentais.", disse Sewing.
O índice de referência DAX subiu após a eleição, impulsionado pela esperança de que um governo bipartidário possa tomar medidas mais decisivas em questões corporativas, incluindo os planos do partido União Democrata Cristã (CDU) de reduzir os impostos corporativos para 25%.
(Reportagem de Christoph Steitz, Alexander Huebner, Tom Sims, Tom Kaeckenhoff, Matthias Inverardi e Hakan Ersen)
((Tradução Redação São Paulo))