👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Exxon comprará rival Pioneer por quase US$60 bi em ações

Publicado 11.10.2023, 08:07
Atualizado 11.10.2023, 08:10
© Reuters. Ilustração fotográfica da compra da petroleira de xisto Pioneer pela ExxonMobil. REUTERS/Dado Ruvic
XOM
-
PXD
-

Por Sabrina Valle e Anirban Sen

NOVA YORK/HOUSTON (Reuters) - A Exxon Mobil (NYSE:XOM) comprará a rival norte-americana Pioneer Natural Resources (NYSE:PXD) em um acordo envolvendo apenas ações avaliado em 59,5 bilhões de dólares, que a tornará a maior produtora no maior campo petrolífero dos EUA, garantindo uma década de produção de baixo custo.

O negócio seria o maior da Exxon desde a compra da Mobil Oil por 81 bilhões de dólares em 1998, anos antes do início do boom do xisto, e a maior aquisição deste ano por qualquer empresa.

A Exxon ofereceu 253 de dólares por ação da Pioneer, informaram as empresas na quarta-feira. As ações da Pioneer, que fecharam a 237,41 dólares na terça-feira, subiram 1,1%, a 239,98 dólares, nas negociações do pré-mercado. As ações da Exxon permaneceram estáveis.

A Exxon saiu de um período marcado por perdas profundas e dívidas enormes nos últimos dois anos, cortando custos, vendendo dezenas de ativos e se beneficiando dos altos preços da energia, estimulados pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

O preço de 253 dólares por ação representa um prêmio de 9% em relação ao preço médio da Pioneer nos 30 dias anteriores a 5 de outubro, quando surgiram as informações sobre o acordo.

O acordo deixará quatro das maiores empresas petrolíferas dos EUA no controle de grande parte do campo de xisto da Bacia do Permiano e de sua extensa infraestrutura de campos petrolíferos.

Ainda assim, especialistas em antitruste disseram à Reuters, na semana passada, que a Exxon e a Pioneer tinham boas chances de concluir o acordo, embora enfrentassem um exame minucioso. Isso porque elas poderiam argumentar que, mesmo sendo a maior produtora do Permiano, juntas representarão uma pequena fração de um vasto mercado global de petróleo e gás.

O CEO da Exxon, Darren Woods, tem rejeitado a pressão política e de investidores para mudar de estratégia e adotar a energia renovável, como fizeram as grandes petroleiras europeias. Ele enfrentou duras críticas por manter uma estratégia fortemente dependente do petróleo em um momento em que as preocupações com o clima se tornaram mais urgentes.

"As capacidades combinadas de nossas duas empresas proporcionarão uma criação de valor de longo prazo muito superior ao que cada uma delas é capaz de fazer de forma isolada", disse Woods em um comunicado.

A decisão da Exxon valeu a pena quando a empresa obteve no ano passado um lucro recorde de 56 bilhões de dólares, dois anos depois que as perdas chegaram a 22 bilhões de dólares durante a pandemia da Covid-19.

A Exxon guardou parte dos enormes lucros da alta do preço do petróleo, reservando cerca de 30 bilhões de dólares em dinheiro para se antecipar a acordos, segundo analistas.

A Pioneer é a maior operadora do Permiano, respondendo por 9% da produção bruta, enquanto a Exxon ocupa o quinto lugar, com 6%, de acordo com analistas da RBC Capital Markets.

"A combinação da ExxonMobil e da Pioneer cria uma empresa de energia diversificada com a maior presença em poços de alto retorno na Bacia do Permiano", disse o CEO da Pioneer, Scott Sheffield.

A Pioneer foi uma das empresas de petróleo mais bem-sucedidas a emergir da revolução do xisto, que transformou os EUA de um grande importador de petróleo no maior produtor mundial em pouco mais de uma década.

A Bacia do Permiano é altamente valorizada pelo setor de energia dos EUA devido ao seu custo relativamente baixo para extrair petróleo e gás, com custos de produção mínimos, em média, de 10,50 dólares por barril.

Sob o comando do CEO Scott Sheffield, a Pioneer cresceu por meio de aquisições rápidas, incluindo negócios de vários bilhões de dólares em 2021 para a DoublePoint Energy e a Parsley Energy.

© Reuters. Ilustração fotográfica da compra da petroleira de xisto Pioneer pela ExxonMobil. REUTERS/Dado Ruvic

A compra da Exxon superaria a aquisição de 53 bilhões de dólares do BG Group pela Shell (NYSE:SHEL) em 2016, que a colocou no topo do mercado global de gás natural liquefeito.

Em julho, a Exxon fechou um acordo de 4,9 bilhões de dólares, totalmente em ações, com a Denbury, uma pequena empresa de petróleo dos EUA com uma rede de dutos de dióxido de carbono e armazenamento subterrâneo. O objetivo dessa aquisição era reforçar os negócios incipientes de baixo carbono da Exxon.

(Por Shubhendu Deshmukh em Bengaluru, Anirban Sen em Nova York e Sabrina Valle em Houston; Redação de Gary McWilliams)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.