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FECHAMENTO: Balanços no Ibovespa são ofuscados com incertezas da disputa EUA-China

Publicado 07.05.2019, 17:53
© Reuters.
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Investing.com - O fim da trégua da disputa comercial entre EUA e China não cessou a repricificação do prêmio de risco e reposicionamento da carteira dos investidores, derrubando mais uma vez os principais índices acionários do mundo na sessão desta terça-feira. A aversão ao risco no exterior ofuscou a temporada de balanços na bolsa brasileira, derrubando o Ibovespa a 0,65% a 94.388,73 pontos. No meio do pregão, o principal índice acionário brasileiro ficou abaixo dos 94 mil pontos e próximo de uma queda de 2%.

O dólar também subiu, fechando a R$ 3,9694, alta de 0,29%. A moeda americana chegou a romper os R$ 4,00 novamente durante o pregão, mas diminuiu as perdas à medida que o dólar se desvalorizava em relação a outras moedas.

EUA-China

O pessimismo foi reforçado ainda na noite de segunda-feira, com o representante comercial dos EUA, Robert Lightzier, confirmando a elevação das tarifas de 10% para 25% sobre US$ 200 bilhões de importações chinesas na próxima sexta-feira. A confirmação da ida do vice-premier da China Liu He a Washington para a próxima rodada de negociações entre os dois países na quinta e sexta-feira.

Há especulação se a reviravolta do presidente dos EUA Donald Trump ocorreu por causa de um recuo dos chineses em relação à proteção da propriedade intelectual de empresas americanas e a eliminação da transferência automática de tecnologia exigida pelo governo chinês para multinacionais instalarem parque produtivo no país. Este ponto de atrito é um dos pilares da estratégia de desenvolvimento econômico chinês.

Os investidores montaram, desde a trégua entre os dois países no fim de novembro, suas posições de investimentos com a expectativa de um desfecho positivo e celebração de um acordo que encerrasse a disputa comercial. Como as negociações são a portas fechadas e havia informações em off de fontes de principais agências notícias – com os tweets do imprevisível Trump, paradoxalmente, sendo um dos mais importantes termômetros de progresso das negociações -, pode-se questionar se não houve um excesso de otimismo para a celebração de um acordo.

Por outro lado, o tweet de Trump pode ter sido uma estratégia para pressionar os chineses a finalizar os últimos entraves para o acordo, pois o prazo para o aumento de tarifas é o mesmo dia que o presidente receberia um parecer sobre a realização ou não de um acordo. Não se pode esquecer que houve relativo avanço com aumento de compra de soja americana pelos chineses e promessa de aquisição de mais automóveis, aviões e petróleo dos EUA. Sexta-feira vamos ter parte da resposta.

Índices mundiais

Enquanto isso, os principais índices acionários despencaram pelo mundo, com exceção da China. Na China, o índice Shangai Composite subiu 0,69%, se recuperando da forte queda de mais de 5% no pregão anterior. No Japão, o Nikkei retomou os negócios após longo feriado absorvendo o pessimismo, ao encerrar o dia em queda de 1,6%.

Na Europa, as principais praças financeiras operaram no nervosismo também pela revisão para baixo da previsão de crescimento da Comissão Europeia para esse ano, enquanto as encomendas à indústria da Alemanha subiram em março abaixo do esperado. O Euro Stoxx 50, índice que reúne as principais ações europeias, fechou em baixa de 1,78%.

Nos EUA, os três principais índices acionários de Nova York despencaram, sessão marcada por proximidade do fim da temporada de balanços. S&P 500 caiu 1,64%, Dow Jones cedeu 1,79% e Nasdaq despencou 1,96%

A imprevisibilidade se reflete no comportamento do índice VIX, conhecido como “índice do medo” e sinaliza a volatilidade do mercado. O VIX subiu 25,13% na sessão desta terça-feira, acumulando uma alta de 60% na semana, voltando a níveis de novembro, quando iniciou incertezas sobre o crescimento global para este ano somado com a eminência de elevação das tarifas sobre importações chinesas, que não ocorreu graças à trégua entre os dois países acertada em reunião do G-20 no fim de novembro.

Reforma da Previdência

Os trabalhos da Comissão Especial na Câmara dos Deputados iniciaram hoje com a definição do cronograma das sessões em reunião do presidente da Comissão com lideranças partidárias. Ficou acertada a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na audiência de amanhã.

Em relação a outras pautas de interesse do governo, chama a atenção a votação da Medida Provisória que diminuiu o número de ministérios e deve ser modificada para o retorno dos Ministérios da Cidade e da Integração Nacional. Por ter ligação direta com obras regionais, as duas pautas devem ser ocupadas por políticas e negociadas pelo presidente Jair Bolsonaro visando a busca de apoio à reforma da Previdência, mais especificamente os partidos do Centrão.

Petróleo

A disputa comercial entre China e EUA está no radar dos operadores de petróleo e influenciou na queda acentuada da commodity nesta terça-feira, com a perspectiva de desaceleração econômica diante dos efeitos do protecionismo. Vitória dos ursos sobre os touros, que monitoram a escalada da tensão entre EUA e Irã no Golfo Pérsico, evento que impactou na alta do petróleo na segunda-feira.

A inteligência israelense acusa que o Irã tem planos de atacar interesses americanos na região, além da suspeita de ter reiniciado parte do seu programa nuclear. A resposta americana foi o envio de porta-aviões e bombardeiros para o Golfo Pérsico.

O petróleo WTI, negociado em Nova York, caiu 1,65% a US$ 61,22. O petróleo Brent, referência mundial cotado em Londres, perdeu 2,33% a US$ 69,58, perdendo o suporte dos US$ 70.

Ações

- A baixa acentuada do preço internacional do petróleo derrubou as ações da estatal petrolífera, que estava sob a expectativa da divulgação do balanço após fechamento do pregão desta terça-feira. No radar, o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o pagamento da União à Petrobras (SA:PETR4) no leilão da cessão onerosa a ser realizado no fim do ano. O TCU questiona se o repasse de recursos à estatal pode violar a lei do teto de gastos. A PETR3 (SA:PETR3) caiu 1,08% a R$ 29,22, enquanto a PETR4 despencou 1,57% a R$ 26,35.

- Ambev (SA:ABEV3) recuou 2,27%. A empresa teve alta de 6,2% no lucro líquido do primeiro trimestre, mas aumento de dois dígitos nos custos de produtos vendidos e maiores despesas financeiras. A fabricante de bebidas manteve aposta em mercado premium de cerveja no Brasil.

- Magazine Luiza (SA:MGLU3) caiu 4,03% após divulgar queda de mais de 10% no lucro líquido do primeiro trimestre, para R$ 132,1 milhões, mas números considerados saudáveis das vendas. A varejista previu crescimento acelerado da unidade de serviços financeiros Luizacred nos próximos trimestres.

- BR Distribuidora (SA:BRDT3) avançou 3,5%, após salto de 93% no lucro líquido no primeiro trimestre, a R$ 477 milhões. "O trimestre de BR Distribuidora nos impressionou", escreveu o Credit Suisse.

- HAPVIDA, fora do Ibovespa, subiu 7,06%. A operadora de planos de saúde chegou a um acordo para comprar a rival São Francisco Saúde por R$ 5 bilhões.

- Taurus PN valorizou-se 10,45%, maior alta do índice Small Caps, que caiu 0,28%. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro assinou novo decreto sobre armas e munições. O texto estabelece que o porte de arma passa a ser vinculado à pessoa, não mais à arma. Isso quer dizer que o cidadão não mais precisa tirar um porte para cada arma de sua propriedade. Bastará a apresentação do porte junto ao Certificado de Registro de Arma de Fogo válidos. Além disso, o decreto determina que poderão ser adquiridas 5.000 munições anuais por arma de uso permitido e 1.000 para cada arma de uso restrito, e também desburocratiza o procedimento de importação de armas e munições.

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