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FECHAMENTO: Trump ameniza retórica com Huawei e índices sobem no mundo; Ibov recua

Publicado 24.05.2019, 18:11
Atualizado 25.05.2019, 18:11
© Reuters.

Investing.com - O presidente dos EUA Donald Trump amenizou a retórica contra a Huawei, companhia chinesa de telecomunicações e telefonia, após bani-la de realizar negócios com empresas americanas no capítulo na disputa comercial com a China, que já dura um ano. O recuo de Trump foi o suficiente para retirar o pessimismo nos principais índices mundiais na sessão desta terça-feira, com a maioria encerrando o pregão no azul.

O Ibovespa não seguiu, entretanto, os seus pares no exterior, com preocupações com articulação política do governo renovadas com a ameaça do ministro da Economia Paulo Guedes de sair da Esplanada dos Ministérios caso a reforma da Previdência não seja aprovada. O principal índice acionário brasileiro fechou em baixa de 0,30% a 93.627,80 pontos, com um volume financeiro de R$ 11,8 bilhões.

Foi a terceira sessão seguida no vermelho, mas com ganhos acumulados durante a semana. Uma semana após perder o patamar dos 90 mil pontos, o índice se recuperou e acumulou alta de 4,04%.

O dólar, por outro lado, teve a quarta queda em cinco sessões, saindo de R$ 4,10 – com pico em R$ 4,12 na segunda-feira – para R$ 4,0160, baixa acumulada de 2,09%. Foi a primeira queda semanal depois de seis altas consecutivas. Na sessão desta sexta-feira, a moeda americana sofreu uma desvalorização de 0,78% em relação ao real.

Retórica leve com Huawei

Um dia depois de o secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo chamar o presidente-executivo da Huawei de “mentiroso” quando o executivo negou envolvimento da empresa com governo chinês, o presidente Trump afirmou, na quinta-feira, que espera incluir a Huawei no acordo comercial com os chineses e, assim, encerrar uma disputa comercial que dura quase um ano, com ambos lados elevando tarifas sobre bilhões de produtos importados do concorrente.

A inserção da Huawei no acordo minimiza o discurso de ameaça à segurança nacional representada pela companhia chinesa, acusada de instalar dispositivos de espionagem em seus equipamentos com a tecnologia 5G. O banimento à Huawei foi visto, também, como uma forma de impedir o desenvolvimento dos produtos da empresa chinesa, considerados de ponta na tecnologia 5G, o que levou a denominar a disputa entre os dois países como princípio de uma “guerra fria tecnológica”.

A amenização da retórica não sinalizou data para uma nova rodada de negociações entre os dois países. A última conversa aconteceu em 10 de maio, mesmo dia que os EUA elevaram de 10% para 25% as tarifas sobre R$ 200 bilhões em produtos chineses. A expectativa é de um encontro bilateral entre o presidente Trump e o líder chinês Xi Jinping na reunião do G-20 em junho no Japão, algo que é esperado também pelo presidente americano conforme suas últimas declarações sobre o assunto.

Único ponto de atrito foi a advertência do Departamento de Comércio dos EUA para a China não desvalorizar sua moeda como forma de compensar os danos causados aos seus exportadores das tarifas americanas.

O Departamento de Comércio publicou na noite de quinta-feira uma notificação de "proposta de criação de regras" que permitiria à administração punir os países que "agem para subestimar sua moeda em relação ao dólar, resultando em um subsídio às suas exportações".

Dólar se desvaloriza no exterior

A desvalorização do dólar ante real seguiu a tendência do exterior. Apesar do otimismo com retórica mais leve da disputa EUA e China, dados da economia americana divulgados na quinta-feira indicando desaceleração econômica renovou a expectativa dos investidores de corte da taxa de juros pelo Fed no segundo semestre. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto foi a 50,9 de 53, resultado mais fraco desde março de 2016 e próximo de 50 – abaixo deste valor significa estagnação. Como também a venda de residências usadas veio abaixo da expectativa.

O Índice Dólar, que mede a força da moeda americana contra uma cesta com seis principais divisas do mundo, caiu 0,27% a 97,59, encerrando uma semana em que chegou a ser cotada acima de 98 com o recrudescimento da relação entre chineses e americanos. A renúncia da primeira-ministra da Grã-Bretanha Theresa May não impactou na libra, que poderia ter dado sustentação ao índice dólar próximo a 98. Apesar de aumentar as chances de um Brexit desordenada com a provável liderança de Boris Johnson – favorável a uma saída sem acordo –, a moeda britânica subiu 0,47% a US$ 1,2713.

Índices em alta nos EUA e na Europa e sem direção na Ásia

A perspectiva de melhora na relação comercial trouxe ânimo aos investidores em Wall Street, mas mantendo a cautela em uma semana com perdas acumuladas. Dow Jones subiu 0,37%, S&P 500 ganhou 0,09% e Nasdaq com alta de 0,11%. Na Europa, o Euro Stoxx 600, que reúne as principais ações europeias, terminou em alta de 0,56%, com os investidores europeus monitorando a relação sino-americana e minimizando os impactos da renúncia de May no Grã-Bretanha.

Na Ásia, os índices ficaram no vermelho no Japão, com Nikkei em baixa de 0,16%. Na China, o índice Shanghai teve uma leve alta de 0,02%.

Petróleo: semana com maior baixa do ano

O petróleo WTI caiu 6% na quinta-feira, caindo abaixo de seu suporte de US$ 60 por barril no mês passado, enquanto o Brent caiu 5% para abaixo de seu piso de US$ 70 por barril. Foi o pior dia de negociação do petróleo desde o início do ano e após o início dos cortes de produção da OPEP em dezembro, com a escalada da guerra comercial entre os EUA e a China e a enorme demanda de refinadores.

Mesmo com a recuperação de sexta-feira, o WTI terminou a semana quase 7% abaixo e o Brent caiu cerca de 5%. No acumulado do ano, o petróleo ainda está subindo substancialmente, com o petróleo bruto subindo 29,1% e o do Reino Unido com 27,7%.

Uma das razões para a queda foi a fraca demanda por petróleo bruto das refinarias que normalmente estaria aumentando a produção de gasolina nesta época do ano para atender ao aumento da atividade automobilística.

Dados da Administração de Informação sobre Energia na quarta-feira mostraram um estoque surpresa de quase 5 milhões de barris na semana passada, semelhante à semana anterior, contra as expectativas de um rebaixamento de 600.000 barris.

Enquanto a guerra comercial nesta semana superou as tensões geopolíticas que haviam impulsionado os preços do petróleo no início da semana, alguns analistas permaneceram otimistas sobre a retomada dos preços. O UBS disse na sexta-feira que espera que o Brent atinja US $ 75 este mês para a alta de 2019.

Nesta sexta-feira, o WTI subiu 1,88% a US$ 59,00, enquanto o Brent subiu 2,15% a US$ 69,22.

Indicadores no Brasil: IPCA-15 e Caged

A uma semana de divulgação do PIB do primeiro trimestre pelo IBGE, indicadores referentes ao segundo trimestre começam a ser divulgados. Nesta sexta-feira foram divulgados o IPCA-15 de maio, prévia da inflação oficial com a mensuração da variação dos preços na primeira quinzena do mês, e o Caged, que apresenta a variação do número de postos formais de trabalho.

O IPCA-15 desacelerou 0,35%, contra alta de 0,72% em abril, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi o mais elevado para o mês desde 2016 (0,86%), mas ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,42%. Em 12 meses, o IPCA-15 passou a acumular avanço de 4,93%, sobre 4,71% antes e expectativa de 4,98%. Esse patamar é o mais alto desde fevereiro de 2017 (5,02%).

O Caged apresentou uma criação líquida de 129.601 vagas formais de emprego em abril, a maior geração de empregos para abril em seis anos. O dado também veio bem acima de pesquisa Reuters com analistas, que indicava abertura de 80 mil vagas em abril.

Guedes ameaça renúncia

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que irá renunciar ao cargo se a reforma da Previdência pretendida pelo governo virar uma "reforminha", alertando que o Brasil pode quebrar já em 2020, de acordo com entrevista publicada no site da revista Veja nesta sexta-feira. A eventual saída não seria de imediato, avisando o governo que sairia alguns meses adiante por não haver condições de continuar no cargo.

Guedes também reconhece que há uma margem de negociação, que pode no máximo ir a 800 bilhões de reais, e destacou ainda que a reforma previdenciária não está sendo apresentada apenas para equilibrar as contas públicas, mas que também se propõe a corrigir enormes desigualdades, de acordo com a revista.

Além disso, o ministro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro está totalmente empenhado em aprovar a reforma nos moldes em que o projeto foi enviado pelo governo ao Congresso, com expectativa de economia de até 1,2 trilhão de reais nos próximos dez anos.

A declaração recomenda mais cautela aos investidores sobre o tamanho da desidratação da reforma no Congresso. Apesar de presidente da Comissão Especial e do relator do texto defender um texto que prevê uma economia de 1 trilhão de reais – mesmo com a retirada do BPC e aposentadoria rural -, o mercado prevê que o texto aprovado vai realizar uma economia menor.

Ações em destaque

- BRASKEM recuou 3,9%, tendo de pano de fundo receios de investidores de possível interrupção das negociações de venda da empresa para a LyondellBasell, após a companhia ser acusada por afundamentos de solo em Maceió devido às suas operações de mineração de sal-gema.

- SUZANO (SA:SUZB3) declinou 7,39%, liderando as perdas do Ibovespa, em seu menor valor de fechamento desde 12 de novembro.

- GOL (SA:GOLL4) subiu 5,16%, na quinta sessão seguida de ganhos, na semana em que o Senado aprovou a medida provisória que autoriza até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas. O texto vai à sanção presidencial.

- JBS (SA:JBSS3) avançou 4,27%, diante de perspectivas de maior demanda de carne pela China devido ao surto de febre suína africana naquele país. Na véspera, o Brasil enviou uma lista com 30 fábricas frigoríficas candidatas a exportar para a China. A expectativa é que a resposta saia em 30 dias, segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

- NATURA terminou em alta de 3,79%, recuperando terreno em relação à queda de 8,54% na sessão anterior, após o anunciar acordo para comprar a norte-americana Avon, criando o quarto maior grupo de beleza do mundo.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) avançou 0,97% e PETROBRAS ON (SA:PETR3) valorizou-se 0,21%, acompanhando a alta dos preços do petróleo no exterior, na esteira de notícia de que o conselho de administração da estatal aprovou o modelo de venda adicional de sua participação na BR Distribuidora (SA:BRDT3). A ação da distribuidora perdeu 0,26%.

*Reuters contribuiu com essa matéria

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mais de toda forma mexeram com um gigante, com toda certeza vão pegar pesado no desenvolvimento do próprio sistema operacional. Até por que seguro morreu de velho.
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