A Fiat voltou a dar, na última segunda-feira, férias coletivas de dez dias a mil trabalhadores da fábrica de Betim, em Minas Gerais, por conta do impacto da falta de componentes eletrônicos na produção.
Desde o início da crise de abastecimento, a montadora vem alternando férias a grupos de operários, sendo que, de março para cá, esta é a quarta vez que a Fiat é obrigada a suspender parte da produção, com férias sempre de dez dias, em função da irregularidade no fornecimento de peças.
Nos dez primeiros dias de julho, outros mil trabalhadores já tinham entrado em férias em Betim, onde são montados os modelos Uno, Fiorino, Doblò, Grand Siena, Mobi e Argo, além da picape Strada, que se tornou neste ano o carro mais vendido do País.
Procurada pelo Broadcast, a montadora informou que está ajustando a produção ao ritmo de fornecimento de componentes eletrônicos e segue em contato permanente com fornecedores para atenuar os efeitos da escassez mundial de semicondutores.
Também por falta de eletrônicos, a Volkswagen (DE:VOWG) vai suspender a partir de segunda-feira, por 20 dias, o primeiro turno de produção na fábrica de São Bernardo do Campo, que monta os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro. Em Taubaté, no interior paulista, a Volks já tinha interrompido totalmente a produção do Gol e do Voyage na segunda-feira, em paralisação que vai se estender até o fim do mês.
Após dez dias completamente parada, a fábrica da Hyundai (KS:005380) em Piracicaba, também no interior de São Paulo, retomou ontem a produção em um turno. Na segunda-feira, a Hyundai voltará à produção plena, com a antecipação do retorno, antes previsto apenas para o dia 26, dos turnos da tarde e da noite.
O terceiro turno da fábrica de Piracicaba, onde são montados os modelos HB20 e Creta, estava suspenso desde 31 de maio, enquanto o expediente da tarde (segundo turno) teve a produção interrompida por quase um mês.